Oxfam: Fome extrema agravada pelas alterações climáticas
A fome extrema foi fortemente agravada nos países mais expostos à crise climática, o alerta é da ONG Oxfam. A organização não governamental pede aos países industrializados para reduzir massivamente as emissões gases com efeito estufa e a compensar financeiramente os países mais prejudicados pelas alterações climáticas.
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Num relatório publicado esta sexta-feira, 16 de Setembro, a ONG Oxfam revela que a fome extrema aumentou 123%, desde 2016, nos 10 países mais expostos às alterações climáticas.
Nestes Estados, Somália, Haiti, Djibuti, Quénia, Níger, Afeganistão, Guatemala, Madagáscar, Burkina Faso e Zimbabué, 48 milhões de pessoas vivem numa situação de insegurança alimentar e precisam de ajuda urgente para sobreviver.
Se os conflitos e as crises económicas continuam a ser os principais responsáveis pela fome, “os fenómenos meteorológicos extremos, cada vez mais violentos, reduzem a capacidade da população mais pobre lidar com a fome”, sublinha a Oxfam.
A Somália, menos preparado para as alterações climáticas, vive a pior seca da história do país, um milhão de somalis foram obrigados a abandonar as suas casas.
A falta de água na Guatemala está a afectar a produção de milho e café, centanas de habitantes já deixaram o país.
Para a Oxfam, o facto dos Estados que menos contribuem para as alterações climáticas serem aqueles que são os mais afectados “é a prova de existência das desigualdades mundiais”.
A organização não governamental pede aos países industrializados para reduzir massivamente as emissões gases com efeito estufa e a compensar financeiramente os países mais prejudicados pelas alterações climáticas. A anulação da dívida destes Estados mais vulneráveis permitir-lhes-ia alocar mais recursos na luta contra o aquecimento global.
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