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Coreia do Sul

Coreia do Sul: festa de Halloween termina em tragédia

Mais de 150 pessoas morreram esmagadas na sequência de uma debandada durante as festividades do Dia das Bruxas no centro de Seul, capital do país. O presidente Yoon Suk-yeol declarou um período de luto nacional neste domingo.

As festividades de Halloween na capital sul-coreana terminaram em tragédia. Estima-se que mais de 150 pessoas morreram "esmagadas" na sequência de uma debandada nas ruas estreitas do distrito de Itaewon.
As festividades de Halloween na capital sul-coreana terminaram em tragédia. Estima-se que mais de 150 pessoas morreram "esmagadas" na sequência de uma debandada nas ruas estreitas do distrito de Itaewon. REUTERS - YONHAP
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A tragédia aconteceu na madrugada de domingo durante as festividades do Dia das Bruxas no popular distrito de Itaewon, na capital sul-coreana.

Segundo as autoridades locais, “o elevado número de feridos foi o resultado de muitos terem sido pisoteados”, e que devido à grande afluência de pessoas, o número de vítimas poderia aumentar.

O balanço do Ministério do Interior de Seul indica que até ao momento mais de 150 pessoas morreram e mais de uma centena ficaram feridas, incluindo 20 estrangeiros. O ministro avança ainda que a maioria das vítimas eram mulheres jovens na casa dos 20 anos.

Os motivos do ocorrido ainda permanecem desconhecidos, mas o presidente Yoon Suk-yeol jurou investigação rigorosa sobre uma das piores catástrofes de sempre do país após declarar um período de luto nacional no domingo.

"O meu coração está pesado e é difícil conter a minha tristeza", acrescentou, antes de visitar o local do desastre e falar com os trabalhadores de emergência.

Organização do evento é alvo de críticas

Apesar de não ser um evento tradicional, o Halloween é um evento muito popular na Coreia do Sul. Estima-se que antes da pandemia, mais de 200.000 pessoas festejavam no distrito de Itaewon, algo que mudou com as restrições sanitárias.

Segundo o ministro do Interior Lee Sang-min, a polícia não esperava que a quantidade de pessoas que escolheriam o distrito de Itaewon para celebrar seria tão elevada. Ele acrescenta que “em contrapartida, uma quantidade considerável de agentes foi mobilizada para patrulhar uma manifestação no outro lado da cidade.

Documentos oficiais de Seul apontam que somente 200 agentes da polícia foram designados para garantir a segurança no distrito de Itaewon, um número desproporcional à quantidade de pessoas que compareceram no local.

Estima-se que mais de 100.000 pessoas, na sua maioria adolescentes e na faixa dos 20 anos – que foram celebrar o Halloween no sábado à noite, entupiram as estreitas vielas e ruas do distrito.

Testemunhas oculares relataram estar presas num beco estreito e inclinado, e a lutar para sair da multidão sufocante enquanto as pessoas se amontoavam umas em cima das outras.

Os bombeiros relataram que o efectivo mobilizado era insuficiente para socorrer as ínumeras vítimas de paragens cardíacas. Diversos vídeos que circulam nas redes sociais mostram corpos alinhados no chão enquanto os cidadãos tentam realizar massagens cardíacas para ajudar os bombeiros que já estavam sobrecarregados.

As autoridades de Seul disseram que também tinham recebido 2.642 relatos de pessoas desaparecidas.

Vários líderes mundiais já enviaram mensagens de condolências e de solidariedade às autoridades sul-coreanas, como o presidente da República portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa e o presidente francês Emmanuel Macron.

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