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Confrontos rebeldes/exército congolês

RDC: Goma na mira dos rebeldes do M23

Na República Democrática do Congo, os rebeldes do M23 estão a aproximar-se cada vez mais de Goma, capital do Kivu Norte, numa altura em que existem intensos combates entre a rebelião e o exército congolês no leste do país. 

Des soldats de l'armée congolaise patrouillent dans la zone de Kanyaruchinya où se sont réfugiés des déplacés fuyant l'avancée du M23, le 15 novembre 2022.
Des soldats de l'armée congolaise patrouillent dans la zone de Kanyaruchinya où se sont réfugiés des déplacés fuyant l'avancée du M23, le 15 novembre 2022. REUTERS - ARLETTE BASHIZI
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Nos últimos dias, os rebeldes do M23 têm feito vários avanços no leste do país e há registo de violentos confrontos em Kibumba, a cerca de 20 quilómetros de Goma, capital da província do Kivu Norte.

A rebelião M23, que está a levar a cabo uma ofensiva em direção a Goma, está  também a fazer avanços em outras frentes. Recentemente, os rebeldes conseguiram conquistar um importante bairro no sudeste, que faz fronteira com o Uganda e o Ruanda.

Esta quinta-feira, o exército congolês mobilizou mesmo dois aviões Sukhoi 25 contra a rebelião, de modo a tentar fazê-los recuar.

Entretanto, no mesmo dia, milhares de pessoas sairam às ruas na RDC para demonstrar apoio ao exército que está a lutar contra os rebeldes. Na capital, Kinshasa, a marcha reuniu mais de 15 mil pessoas, de acordo com os organizadores.

O M23 voltou a pegar em armas no final do ano passado, alegando que Kinshasa não respeitou os acordos sobre a desmobilização e reinserção dos seus combatentes. Esta atitude reacendeu tensões antigas entre a RDC e o Ruanda.

Kinshasa acusa Kigali de apoiar os rebeldes do M23, que contrapõe dizendo que a República Democrática do Congo é que mantém relações com a FDLR, os rebeldes ruandeses presentes no território.

As crescentes tensões já fizeram mais de 260 mil deslocados desde Março, de acordo com a ONU. 

 

 

Cimeira sobre crise RDC-Ruanda em Angola

O Presidente de Angola e mediador da União Africana, João Lourenço, marcou para a próxima segunda-feira, 21 de Novembro, uma cimeira em Luanda para discutir a crise RDC-Ruanda e tentar mediar o conflito.

No evento, deverão marcar presença Paul Kagamé, Presidente do Ruanda, Félix Tshisekedi, chefe de Estado da RDC, Évariste Ndayishimiye, Presidente do Burundi e ainda Uhuru Kenyatta, antigo Presidente do Quénia.

De salientar que João Lourenço, um dos principais mediadores do conflito, tem levado a cabo várias iniciativas diplomáticas para tentar dirimir o conflito. Na semana passada já se tinha encontrado com os chefes de Estado do Ruanda e da RDC, a quem terá apresentado "propostas concretas", de acordo com a presidência angolana.

Também Uhuru Kenyatta, nomeado facilitador neste conflito pela Comunidade dos Estados da África Oriental, tem tentado apaziguar as tensões e esteve mesmo em Kinshasa, na semana passada.

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