Mulheres já não podem entrar nas universidades no Afeganistão
O Afeganistão anunciou esta terça-feira a proibição das mulheres nas universidadades afegãs. A decisão tem efeito imdediato.
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A informação foi confirmada pelo porta-voz do governo, Zibullah Hashimi, salientanto que as universidades afegãs já não estão abertas às mulheres.
As universidades públicas e privadas do país receberam uma nota afirmando que é agora proibido acolher mulheres nos edifícios académicos. A decisão surge depois do governo Talibã ter banido o acesso das jovens afegãs ao ensino secundário, em Março 2022.
Esta quarta-feira, a Universidade de Nangarhâr, situada a 150 km a leste de Cabul, está a ser palco de vários protestos com dezenas de estudantes, homens e mulheres, a denunciarem esta situação.
Women and men protested in Pashtun-dominated eastern Nangarhar province against the Taliban ban on girls’ education. #LetHerLearn pic.twitter.com/jSzhSL5hrL
— Habib Khan (@HabibKhanT) December 21, 2022
Desde que os Talibãs chegaram ao poder, em Agosto de 2021, o pais tem assistido a uma degradação dos direitos das mulheres. Para além do regresso do uso obrigatório do Burqa ou do Hijab, as mulheres estão proibidas de viagerem sozinhas, de irem ao ginásio ou de sairem à rua sem estarem acompanhadas.
Um tratamento que já foi denunciado pela comunidade internacional, nomeadamente pelo Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, que afirmou que "a negação da educação não só viola a igualdade de direitos das mulheres e raparigas, como terá um impacto devastador no futuro do país", afirmou o porta-voz Stephane Dujarric.
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