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#China

População da China diminuiu pela primeira vez em 60 anos

Em 2022, a China contabilizava cerca de 1,4 mil milhões de habitantes, menos 850 mil do que no ano anterior. Esta é a primeira vez, em 60 anos, que o país regista um declínio demográfico. Em 2023, a China poderá ser ultrapassada pela Índia como o país mais populoso do mundo.

Changsha, Província de Hunan, China. 8 de Setembro de 2020.
Changsha, Província de Hunan, China. 8 de Setembro de 2020. AFP - HECTOR RETAMAL
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A taxa de natalidade na China caiu para níveis históricos, enquanto a taxa de mortalidade foi a mais elevada desde 1974. Esta é uma viragem histórica que pode marcar o início de um longo período de declínio da população chinesa, com um forte impacto na economia local e mundial. De acordo com a agência France Presse, já este ano, a Índia deverá retirar à China o título de país mais populoso do mundo.

A longo prazo, os especialistas das Nações Unidas prevêem que a população chinesa diminua de 109 milhões de habitantes até 2050, ou seja, mais do que o triplo das previsões anteriores de 2019.

Declínio da população activa significa também um possível abrandar da economia devido à redução dos rendimentos e ao aumento da dívida pública (com maiores custos de cuidados médicos e de segurança social). Além disso, uma diminuição da mão-de-obra também pode abrandar o peso da indústria e, por conseguinte, aumentar os preços e a inflação no resto do mundo.

O declínio demográfico resulta, em grande parte, da política de filho único imposta por Pequim entre 1980 e 2015, mas também do elevado custo do ensino que dissuadiu muitos chineses de fundarem família. Em 2016, foi abolida a política de filho único e, em 2021, o país começou a permitir que os casais tivessem três filhos.

A última vez que a população da China diminuiu foi em 1960, quando o país enfrentou a pior fome da sua história moderna, causada pela política agrícola de Mao Tsé-Tung.

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