Acesso ao principal conteúdo
Myanmar

Myanmar: Greve silenciosa assinala 2 anos de golpe militar

Em Myanmar, os activistas pró-democracia realizaram esta quarta-feira, 1 de Fevereiro, uma greve silenciosa para assinalar o segundo aniversário do golpe militar. O país aguarda com a apreensão um possível anúncio da Junta Militar sobre o prolongamento do estado de emergência e o adiamento de eleições.

Em Myanmar, os activistas pró-democracia realizaram esta quarta-feira, 1 de Fevereiro, uma greve silenciosa para assinalar o segundo aniversário do golpe militar.
Em Myanmar, os activistas pró-democracia realizaram esta quarta-feira, 1 de Fevereiro, uma greve silenciosa para assinalar o segundo aniversário do golpe militar. © Aung Kyaw Htet/SOPA Images/LightRocket via Getty
Publicidade

O líder da Junta Militar, Min Aung Hlaing, afirmou, recentemente, que “o país precisa de estar num clima pacífico e estável para poder organizar eleições”. 

Declarações que criaram apreensão junto dos birmaneses, receando que os militares anunciem o prolongamento do estado de emergência no país e um adiamento das eleições, que deveriam ter lugar este verão.

Esta quarta-feira, os activistas pró-democracia realizaram uma greve silenciosa para assinalar o segundo aniversário do golpe militar.

Em comunicado, o Organismo de Coordenação da Greve Geral, que junta vários grupos pró-democracia birmaneses, incluindo o poderoso movimento de desobediência, criado depois do golpe, afirmou que “o silêncio também destabilizar o ditador".

Um golpe militar em Fevereiro de 2021 removeu a conselheira de Estado Aung San Suu Kyi, que foi detida, bem como os principais membros do seu partido, Liga Nacional pela Democracia, vencedor por esmagadora maioria nas eleições gerais de Novembro de 2020.

A repressão militar desencadeou a resistência armada em grande parte do país, arrastando Myanmar para uma guerra civil prolongada.

De acordo com as Nações Unidas, desde o golpe militar, têm-se vindo a assistir a uma regressão nas áreas de direitos humanos, sociais e económicos, mergulhando o país numa profunda crise humanitária.

Segundo a organização independente Associação de Assistência para os Presos Políticos, um grupo de vigilância que monitoriza assassínios e prisões em Myanmar, 2.940 civis foram mortos e 17.572 foram presos pelas autoridades, desde o golpe militar.

 

 

 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.