Espanha: Sanchez obtém a presidência do parlamento para o seu partido
Na abertura hoje da nova sessão parlamentar, o primeiro-ministro espanhol cessante, o socialista Pedro Sanchez, ganhou hoje uma primeira batalha na óptica de uma eventual recondução no cargo. Nas primeiras horas da manhã, ele estabelecem um acordo com o partido independentista catalão de Carles Puigdemont, que permitiu recolher os votos necessários para a eleição hoje da socialista Francina Armengol, como Presidente do parlamento espanhol.
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Francina Armengol, 52 anos, recolheu logo na primeira volta 178 votos, ou seja mais dois votos do que maioria necessária para aceder ao posto de presidente da Assembleia Nacional. Um resultado alcançado pelos socialistas com o apoio dos deputados do partido independentista catalão de Carles Puigdemont, exilado na Bélgica e acusado pela justiça espanhola de tentativa de secessão há seis anos.
A eleição de Armengol para a chefia do parlamento representa uma primeira etapa para Sanchez tentar manter-se no posto e evitar novas eleições, depois de os conservadores do partido popular terem chegado à frente nas legislativas de 23 de Julho sem contudo obter maioria absoluta.
Em troca do apoio dos independentistas catalães, Sanchez comprometeu-se a aproveitar a actual presidência rotativa da União Europeia pela Espanha para obter que a língua da Catalunha mas também as línguas do País Basco e da Galiza se tornam línguas oficiais da União Europeia.
Este acordo fica aquém das exigências dos independentistas catalães que pretendem obter um referendo de autodeterminação e uma amnistia para os militantes que participaram na tentativa de secessão da Catalunha em 2017. Puigdemont renunciou, para já, a estas reivindicações, mas o seu partido avisou também que o acordo firmado hoje "apenas se limita" à eleição dos órgãos directivos do parlamento.
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