Morte de Yevgeny Prigozhin : Kremlin afirma que todas as pistas são examinadas
O Kremlin afirmou esta quarta-feira que todas as pistas estão a ser examinadas, inclusivamente a de «um crime premeditado» pelos investigadores que estão a tentar encontrar explicações à morte na semana passada do dirigente do conhecido grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, juntamente com 9 outras pessoas num acidente de avião quando estavam a viajar para São Petersburgo.
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Uma semana depois da ocorrência, continua desconhecida a causa do acidente do avião Embraer que transportava Yevgeny Prigozhin e alguns outros responsáveis do grupo Wagner.
Numa altura em que testemunhas afirmam ter ouvido uma detonação antes de o avião se despenhar, e poucos dias depois de o Kremlin ter qualificado de «mentira absoluta» e de «especulações» as insinuações ocidentais sobre um eventual envolvimento do poder russo nestas mortes, o Kremlin disse hoje que todas as hipóteses estão a ser averiguadas.
«Uma vez que não há conclusões do inquérito, não posso formular as coisas de forma concretas, mas é evidente que há versões diversas, nomeadamente, digamo-lo, a de um crime premeditado» disse hoje em conferência de imprensa Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, ao pedir que «se espere pelos resultados do inquérito».
Yevgeny Prigozhin, outrora um dos principais aliados de Vladimir Putin no terreno militar, passou a ser considerado um traidor após ter liderado uma tentativa de motim a 23 e 24 de Junho para derrubar o Ministro da defesa e o chefe de Estado Maior do seu país que ele acusava de incompetência.
O chefe do grupo paramilitar presente na Síria, em alguns países de África e também na Ucrânia, foi enterrado ontem na sua cidade natal, São Petersburgo, durante uma cerimónia discreta.
Logo após a sua morte, Putin enalteceu «um homem talentoso» que todavia tinha cometido «graves erros na sua vida».
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