ONU volta a debater cessar-fogo em Gaza
A Assembleia-Geral da ONU deve pronunciar-se esta terça-feira, 11 de Dezembro, sobre uma resolução que exige “um cessar-fogo humanitário imediato”, na Faixa de Gaza. Trata-se de um texto não vinculativo que tem todas as possibilidades de ser aprovado.
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A Assembleia-Geral das Nações Unidas deve pronunciar-se hoje sobre a resolução que exige “um cessar-fogo humanitário imediato”, na Faixa de gaza. Trata-se de um texto não vinculativo que tem todas as possibilidades de ser aprovado.
Apesar da pressão do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que receia "colapso total da ordem pública" no território palestiniano em guerra, a resolução que apelava ao cessar-fogo humanitário foi vetado no Conselho de Segurança, na passada sexta-feira, pelos Estados Unidos, o grande aliado de Israel.
Vários países e organizações de defesa dos direitos humanos lamentaram o veto dos Estados Unidos, nomeadamente António Guterres que descreveu um Conselho de Segurança com autoridade e credibilidade “comprometidas”.
Desde o ataque cometido pelo grupo Hamas em território israelita, a 7 de Outubro, o exército de Israel continua a bombardear a Faixa de Gaza.
A ONU continua a alertar para a situação catastrófica em Gaza, onde o sistema humanitário está “à beira da ruptura”.
O embaixador palestiniano junta da ONU, Riyad Mansour, denunciou, depois do veto dos EUA, que “alguns não veem a realidade tal qual ela é”, acrescentando que “no fina vão acabar por ceder à enorme pressão da humanidade”.
Para manter esta pressão, os países árabes convocaram para esta terça-feira, 12 de Dezembro, uma reunião extraordinária da Assembleia-geral da ONU.
De acordo com a agência France Press, o texto chama a atenção para a “situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza”, “exige um cessar-fogo humanitário imediato”, apela à proteção dos civis, ao acesso humanitário e à libertação “imediata e incondicional” de todos os reféns.
OMS apela a um cessar-fogo
A Organização Mundial da Saúde também apelou a um cessar-fogo e à protecção dos cuidados de saúde e de assistência humanitária na Faixa de Gaza, denunciando a série de entraves graves impostos por Israel aos profissionais no tereno.
A OMS defende que a única solução viável é um cessar-fogo duradouro, para que o organismo e os parceiros "possam trabalhar em segurança e sem entraves para reforçar um sistema de saúde em deterioração", reabastecer as reservas críticas de combustível, medicamentos e outra ajuda essencial, e prevenir a doença, a fome "e mais sofrimento na Faixa de Gaza".
Num realtório divulgado esta terça-feira, a Organização Mundial de Saúde acusa as forças israelitas de deterem profissionais do setor da saúde, durante uma missão de transferência de doentes em estado crítico e entrega de material a um hospital no norte de Gaza.
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