Argentina não vai integrar os BRICS
A Argentina anunciou formalmente esta sexta-feira, 29 de Dezembro, que não vai integrar os BRICS, o bloco dos países emergentes, conforme tinha sido prometido pelo actual Presidente de extrema-direita, Javier Milei, durante a campanha eleitoral.
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Numa carta dirigida ao chefe de Estado brasileiro, Lula da Sila, assim como aos restantes membros do bloco- Rússia, Índia, China e África do Sul, Javier Milei anunciou formalmente que a Argentina não vai integrar os BRICS. O Presidente de extrema-direita explica que a política externa que defende o executivo que preside difere do governo precedente.
O ex-Presidente de centro-esquerda Alberto Fernandez, o antecessor de Milei, tinha aprovado a adesão à aliança como uma oportunidade para alcançar novos mercados. Os BRICS representam actualmente cerca de 40% da população mundial e mais de um quarto do Produto Interno Bruto mundial.
Ainda assim, Javier Milei mostrou-se disponível a "intensificar os laços bilaterais" e aumentar os "fluxos comerciais e de investimento". Os BRICS representam actualmente cerca de 40% da população mundial e mais de um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.
A decisão de Milei surge num momento em que a Argentina sofre com o aprofundamento da crise económica. Milei, que se define como um "anarcocapitalista" - uma corrente dentro do liberalismo que aspira a eliminar o Estado - implementou uma série de medidas para desregulamentar a economia, que nas últimas décadas tem sido marcada por um forte intervencionismo estatal.
Na política externa, Milei proclamou o alinhamento total com as "nações livres do Ocidente", especialmente os Estados Unidos e Israel.
A Argentina fazia parte do grupo de países que vai dar entrada no grupo dos BRICS a partir de 1 de Janeiro de 2024, a par da Arábia Saudita, Egipto, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irão.
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