Sérvia: Oposição denuncia fraude eleitoral
Na Servia este sábado, 30 de Dezembro, está prevista uma mega-manifestação contra a alegada fraude nas eleições que deram a vitória aos populistas do Presidente Aleksandar Vučić.
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O protesto foi convocado numa altura em que as tensões políticas estão ao rubro no país, na sequência dos incidentes ocorridos numa manifestação dos partidos de oposição, no último fim-de-semana, a contestar os resultados eleitorais.
A oposição na Sérvia denuncia alegadas irregularidades generalizadas durante o recente escrutínio que deu vitória aos populistas do Presidente Aleksandar Vučić nas eleições parlamentares e locais. De acordo com os resultados oficiais, o partido SNS (direita nacionalista) do Presidente sérvio Aleksandar Vucic obteve 46% dos votos, em comparação com 23,5% da coligação da oposição.
Um bloqueio de 24 horas no tráfego da capital sérvia durante os preparativos para o Ano Novo foi lançado por um grupo de estudantes universitários que ocuparam com pequenas tendas, mesas e cadeiras as principais artérias de Belgrado.
As autoridades tinham anunciado para este sábado, 30 de Dezembro, a repetição das eleições em 30 Assembleias de voto, porém a Coligação "Sérvia contra a violência3 veio dizer que não iria participar no escutínio.
"As eleições que serão repetidas em várias assembleias de voto não podem desfazer a fraude ou corrigir a injustiça que ocorreu em 17 de dezembro. É por isso que não participaremos na repetição das eleições", disse em comunicado.
O Presidente Aleksandar Vučić acusa a oposição de estar a apelar à violência, com o objectivo de derrubar o governo sob instruções do estrangeiro, acusações que os partidos de oposição já vieram desmentir.
A Rússia, aliada de Aleksandar Vučić, já veio demonstrar o apoio às autoridades sérvias, reiterando que as eleições parlamentares e locais decorreram de forma livre e transparente.
Observadores internacionais, incluindo a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), presentes no terreno, relataram "irregularidades", nomeadamente "compra de votos" e "enchimento de urnas".
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