Ucrânia: intensificação dos ataques russos
A Rússia levou a cabo numerosos ataques aéreos sobre Kiev e outras cidades ucranianas durante a noite. Morreram pelo menos quatro pessoas, a electricidade e as comunicações deixaram de funcionar e os habitantes dizem ter ouvido explosões ao longo de toda a madrugada.
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Pelo menos quatro civis morreram e outros 90 ficaram feridos nos ataques russos contra a Ucrânia, a 2 de Janeiro, principalmente em Kiev e Kharkiv. Segundo o exército ucraniano, a Rússia terá lançado 99 mísseis, dos quais 72 foram interceptados.
Em Kiev, durante a manhã, as sirenes de alerta tocaram de forma contínua, uma dezena de explosões foram ouvidas, fazendo tremer os edifícios no centro da capital, como relatam jornalistas da agência France-Presse no terreno e mais de 250 mil pessoas ficaram sem electricidade.
O ministro ucraniano da Defesa, Roustem Oumerov, acusou a Rússia de bombardear "deliberadamente" áreas "residenciais", qualificando o país de "Estado terrorista".
Moscovo diz ter visado apenas alvos legítimos, como empresas ucranianas de armamento e locais de armazenamento de material fornecido por países ocidentais.
No dia anterior, 1 de Janeiro, o Presidente russo Vladimir Putin anunciou a intensificação dos bombardeamentos na Ucrânia em retaliação ao ataque à cidade russa de Belgorod no sábado, que fez 25 mortos.
Depois do ataque desta manhã de terça-feira, o chefe da diplomacia ucraniana Dmytro Kouleba pediu, em comunicado, aos países aliados ocidentais para "acelerar" o fornecimento de armas e de "sistemas de defesa aérea".
Face ao escalar das tensões, a Polónia anunciou esta terça-feira 2 de Janeiro, o lançamento de vários caças F-16 para "garantir a segurança" do espaço aéreo.
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