Coreia do Sul: Presidente promete reformas após resultados desastrosos

O Presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, prometeu nesta quinta-feira, 11 de Abril, “reformas”, após os resultados desastrosos dos conservadores nas eleições legislativas, fortalecendo o controle da oposição no Parlamento.

O Presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, prometeu nesta quinta-feira, 11 de Abril, “reformas”, após os resultados desastrosos dos conservadores nas legislativas, fortalecendo o controle da oposição no Parlamento. AP

De acordo com os resultados completos divulgados pela Comissão Nacional de Eleições, o Partido Democrático (PD) -principal força de oposição- elegeu 161 parlamentares e conseguiu 14 mandatos do sistema de representação proporcional. Numa aliança com pequenas forças políticas, como o Partido Novo Futuro (centro-esquerda), o Partido Progressista (esquerda) e o Partido Reconstruir a Coreia (liberal) — este último, constituído há apenas umas semanas, o bloco de oposição na representação parlamentar da Coreia do Sul é agora maioritário,com um total de 189 lugares conquistados.

O líder do Partido Democrárido da Coreia do Sul, Lee Jae-myung, envolvido numa série de investigações de corrupção que considera motivadas pelas posições políticas, vê agora a sua posição reforçada para tentar novamente a sorte nas eleições presidenciais de 2027.

O primeiro-ministro sul-coerano, Han Duck-soo, do Partido Popular da Coreia que passou de 114 para 108 deputados, assumiu a intenção de apresentar a demissão. Também o líder do Partido do Poder Popular (PPP), Han Dong-hoon, anunciou que vai renunciar ao cargo, depois de ter conduzido a campanha que conquistou apenas 90 mandatos dos 254 elegíveis.

“O nosso partido fez o seu melhor para concretizar políticas representativas da vontade popular, mas os resultados são dececionantes”, referiu.

Este resultado fragiliza também a posição do Presidente que já prometeu reformas à população. Yoon Suk-yeol tem vindo ao longo do tempo a perder popularidade, depois de deixar de cumprir as promessas de redução de impostos, de liberalização de mercado e de políticas de apoio à família.  A população sul coreana vive a braços com a realidade galopante do envelhecimento da população e o aumento do custo de vida.

Recentemente, o chefe de Estado envolveu-se numa polémica durante uma visita a um supermercado em Seoul, ao considerar “razoável” que um molho de alho francês custasse cerca de 60 cêntimos, porém, tratava-se de um artigo em desconto, cujo preço normal pode custar mais de dois euros.