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Irão/Israel

Israel atacou o Irão, confirma imprensa norte-americana

O Irão activou, na madrugada de 19 de Abril, a defesa aérea em várias províncias depois de informações sobre diversas explosões na região de Ispahan, centro do país. Segundo altos-reponsáveis norte-americanos, Israel lançou um ataque em represálias aos disparos de mísseis e drones explosivos contra o estado hebreu no fim-de-semana passado. 

Uma captura de imagem divulgada pela televisão de Estado iraniana (IRIB), mostra o que afirma ser uma imagem em directo da cidade de Ispahan, na manhã de 19 de Abril, depois de informações sobre uma série de explosões ouvidas nesta província do Irão.
Uma captura de imagem divulgada pela televisão de Estado iraniana (IRIB), mostra o que afirma ser uma imagem em directo da cidade de Ispahan, na manhã de 19 de Abril, depois de informações sobre uma série de explosões ouvidas nesta província do Irão. © AFP PHOTO / HO / IRIB
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Três explosões foram ouvidas nesta madrugada de sexta-feira no centro do Irão. Altos responsáveis dos Estados Unidos, citados pela imprensa norte-americana, confirmaram que se trata de um ataque israelita, em represálias ao ataque sem precedentes de drones e mísseis levado a cabo por Teerão contra Israel no fim de semana passado. 

No Irão, a agência Fars noticiou três explosões perto de uma base militar de Qahjavarestan, entre a cidade de Ispahan e o aeroporto, no centro do país, relatando que drones foram abatidos e que, segundo o porta-voz da agência espacial iraniana, não houve "até agora" qualquer ataque de mísseis. 

Citando "fontes bem informadas", a agência Tasnim indicou, por sua vez, não haver "nenhuma informação alegando um ataque do estrangeiro". Isto, depois de explosões ouvidas efectivamente. Responsáveis iranianos afirmam, segundo o jornal norte-americano New York Times, que as defesas aéreas "não detectaram nenhum objecto voador não identificado que tivesse entrado no espaço aéreo iraniano". 

Nem Tel Aviv, nem Washington reagiram oficialmente. A Casa Branca não fez qualquer comentário mas Washington terá sido avisado deste ataque desde quinta-feira à noite, sem todavia aprovar ou assumir um papel na sua execução, segundo declarações de responsáveis norte-americanos citados pelos canais NBC e CNN. 

Tel Aviv, que, por hábito, não reivindica os seus ataques, não reagiu. O exército israelita indicou à agência France-Presse não ter nenhum comentário sobre o acontecimento "por enquanto". 

No entanto, um responsável israelita citado pelo jornal americano The Washington Post, afirmou, de forma anónima, que o ataque desta madrugada é uma retaliação aos ataques iranianos deste fim-de-semana e que tem por objectivo avisar Teerão de que possui a capacidade de atacar no interior do país. 

Reacções internacionais 

A agência internacional da energia atómica (AIEA) confirmou que as instalações nucleares na região de Ispahan estão "totalmente seguras", e que não se averigua "nenhum estrago", apelando todavia à calma. 

A União Europeia, pela voz da presidente da Comissão Ursula Von Der Leyen, apelou todas as partes a "se abster de qualquer nova acção". 

Reunidos em Capri, na Itália, para uma cimeira consagrada à região do Indo-pacífico (Taïwan, Filipinas, China), os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 vão discutir a situação, segundo o chefe da diplomacia italiana Antonio Tajani, que já apelou à calma, insistindo que "O G7 quer a calma absoluta na região, sujeita a vivas tensões". 

A China mostrou-se "oposta" a qualquer acção susceptível de provocar uma escalada das tensões e mostrou-se pronta a assumir "um papel construtivo na contenção das tensões". 

Por fim, Moscovo terá informado Israel de que o Irão "não pretende escalar [as tensões]". O chefe da diplomacia russa Sergueï Lavrov, deu conta de "contactos entre os dirigentes da Rússia, do Irão, e de Israel". Lavrov acrescentou: "Informámos os israelitas que o Irão não pretende a escalada do conflito". 

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