Vários mortos em ataques mútuos da Rússia e da Ucrânia
A Ucrânia lançou nesta madrugada, 20 de Abril, um ataque de drones em várias regiões russas, atingindo um depósito de combustível. Por seu lado, a Rússia atacou a Ucrânia com sete mísseis, as defesas aéreas abateram dois mísseis e três drones. Os dois países estão a acusar-se mutuamente de ataques contra civis.
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Um ataque russo fez dois mortos no nordeste da Ucrânia e os bombardeamentos transfronteiriços ucranianos mataram pelo menos três pessoas do lado russo, incluindo uma mulher grávida.
A Ucrânia acusou a Rússia de lançar ataques contra edifícios residenciais na cidade de Vovchansk, no nordeste do país, a cerca de cinco quilómetros da fronteira russa, matando duas pessoas e ferindo outras duas.
A Rússia disparou pelo menos sete mísseis contra a Ucrânia durante a noite, dois dos quais foram abatidos pelas defesas antiaéreas, avançou a Força Aérea Ucraniana.
Uma fonte da defesa ucraniana disse à AFP que Kiev tinha como alvo oito regiões russas durante a noite num ataque de “grande escala” com drones visando “a infra-estrutura energética que alimenta o complexo militar-industrial russo”.
A informação foi confirmada pelo Ministério da Defesa, sublinhado que 50 drones foram abatidos pelas defesas aéreas em oito regiões russas, incluindo 26 na região de Belgorod, perto da fronteira com a Ucrânia.
EUA: Congresso vota ajuda à Ucrânia
Este sábado o Congresso americano deve votar o pacote de ajuda de cerca de 57 mil milhões de euros de ajuda à Ucrânia. Ontem, o Presidente Volodymyr Zelensky disse que a Ucrânia “não pode mais esperar” face à pressão russa. Durante uma videoconferência com a NATO, Zelensky repetiu que a Ucrânia precisa de sistemas de defesa antimísseis.
A Ucrânia enfrenta escassez de munições e é incapaz de proteger todas as suas cidades e infra-estruturas energéticas, que têm sido regularmente alvo do exército russo durante várias semanas.
Kiev tem pedido, constantemente, aos parceiros munições e sistemas antia-éreos para combater estes ataques russos, mas as divisões na Europa e especialmente em Washington estão a atrasar as entregas. O Secretário-Geral da NATO, Jens Stoltenberg, pressionou os países membros a fornecerem sistemas de defesa aérea à Ucrânia, afirmando que se trata de um investimento na nossa própria segurança".
Esta semana, opresidente do Conselho Europeu, Charles Michel, garantiu que o pedido do Presidente da Ucrânia foi bem compreendido pelos Estados-membros, acrescentando que tudo está a ser feito “para acelerar e, se possível também, para utilizar as reservas disponíveis, especialmente no domínio dos sistemas de defesa aérea".
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