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Apoiantes de Donald Tump atacaram templo da democracia norte-americana

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Esta quarta-feira, 6 de Janeiro, milhares de apoiantes do Presidente cessante norte-americano invadiram o Capitólio, interrompendo durante quatro horas a cerimónia de certificação dos votos do Colégio Eleitoral de Joe Biden.

Manifestantes pro-Trump invadiram o Capitólio esta quarta-feira, 6 de Janeiro.
Manifestantes pro-Trump invadiram o Capitólio esta quarta-feira, 6 de Janeiro. REUTERS - SHANNON STAPLETON
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O Presidente eleito, Joe Biden, fez um discurso ao país e disse que a democracia norte-americana estava a ser alvo de “um ataque sem precedentes”, exigindo a Trump que fosse à televisão “defender a Constituição e pôr fim a este cerco”. A polícia norte-americana registou quatro mortes e 52 detenções. 

Durante quatro anos, o mandato de Donald Trump foi marcado por sucessivos momentos inéditos. Esta quarta-feira, o mundo assistiu a cenas de violência e de insurreição por muitos previsíveis.

"Sabíamos que Donald Trump tinha incitado os seus apoiantes à violência e que esta manifestação tinha sido convocada pelo próprio. Não me surpreendeu que houvesse uma manifestação, surpreendeu-me sim que a manifestação fosse ao ponto dos manifestantes, ou parte deles, entrarem e invadirem o capitólio, o coração da democracia como descreveu Joe Biden", aponta a investigadora Diana Soller, especialista em assuntos internacionais.

Na quarta-feira, durante um comício em frente à Casa Branca, Trump pediu aos manifestantes para se dirigirem para o Capitólio e fazer ouvir a sua voz, em protesto do que considera ser uma "fraude eleitoral", tendo dito que "nunca" aceitaria a derrota nas eleições de 3 de Novembro. 

O mundo assistiu a cenas de caos e violência em Washington, com a invasão do edifício do Congresso por apoiantes de Donald Trump que recusam reconhecer a vitória do candidato democrata, Joe Biden.

"Donald Trump tem uma base de apoio de 53%. O que me parece é que dentro dos apoiantes de Donald Trump existe um conjunto de pessoas mobilizadas e capazes de violência, que ontem estiveram presentes para defender que o programa de Trump e aquilo que ele defende, (garantindo que) não desapareça" ao falhar a reeleição de Donald Trump, defendeu.

Diana Soller não acredita num perigo de sedição "apesar de tudo, os Estados Unidos continuam a ser os Estados Unidos. Se há uma coisa que une os americanos, dos dois lados da barricada, é o orgulho de serem americanos". A investigadora lembrou ainda que os Estados Unidos viveram ontem um momento inédito, sobretudo pelo facto de milhares de manifestantes pró-Trump tentarem travar o trabalho das instituições norte-americanas.

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