Catherine Samba-Panza nova presidente da RCA
O Conselho Nacional de Transição da República Centro-Africana (RCA) elegeu, entre oito candidatos, a nova presidente interina Catherine Samba-Panza. Eleições decisivas para um país que vive, há quase um ano, numa espiral de violência intercomunitária e inter-religiosa, desde o golpe de Estado de Março de 2013
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Catherine Samba-Panza é a primeira mulher na história da República Centro-Africana a aceder a este cargo.
A presidente de transição somou 75 votos contra os 53 conseguidos por Desire Kolingba, o filho do antigo presidente da RCA, André Kolingba.
Em entrevista a Christophe Boisbouvier, a presidente interina apresenta-se como um "puro produto da integração regional, uma vez que pertenço a três países, mesmo que só tenha uma nacionalidade. Esta multi-culturalidade enriquece-me e permite-me uma abertura de espírito" e prometeu proceder à nomeação do primeiro-ministro na quarta ou quinta-feira.
Presidente interina da República Centro-Africana, Catherine Samba-Panza
Durante quase um ano, Michel Djotodia encabeçou o governo de transição. Há uma semana, viu-se forçado pela comunidade internacional a renunciar ao cargo. Miguel Martins dá-nos mais pormenores sobre esta eleição.
Crónica República centro-africana
Catherine Samba-Panza poderá, nas palavras de Fafali Kudawo, reitor da universidade guineense Colinas do Boé, trazer paz e apaziguar a tensão em que vive a RCA .
Fafali Kudawo
Em Bangui a situação é tensa. As tropas internacionais patrulham as ruas para evitar novas ondas de violência. A República Centro-Africana continua dividida, por um lado está a aliança Séléka, os autores do golpe que tirou do poder o presidente François Bozizé em março do ano passado, e do outro lado encontra-se a milícia civil cristã Anti-Balaka que também ataca a minoria muçulmana.
Face a este cenário, as Nações Unidas alertaram para o risco de um genocídio no país. Até ao final do mês de Fevereiro vão ser enviados 500 soldados para a RCA aprovaram, hoje, os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia. A eurodeputada portuguesa, Marisa Matias, contesta a decisão.
Marisa Matias
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