Renamo suspende cessar-fogo em vigor em Moçambique
A delegação da Renamo, nas negociações sobre a crise político-militar, com o governo moçambicano, convocou a imprensa, esta segunda feira, 2 de Junho, em Maputo, para anunciar a suspensão do cessar-fogo, que tinha decretado.
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O maior partido da oposição, liderado por Afonso Dhlakama, anunciou, assim, em conferência de imprensa, na capital moçambicana, a sua intenção de continuar a utilizar as armas, nesta crise político-militar, que se vive, em Moçambique, há mais de ano e meio.
O porta-voz da Renamo, António Muchanga, declarou durante a conferência de impernsa, que os confrontos militares com o governo moçambicano, vão continuar:
"Os comandantes da Renamo, entendem, que só se voltará ao cessar-fogo, depois do entendimento pelas duas delegações no diálogo e com a chegada da mediação internacional, para garantir o respeito, do compromisso tomado pelas partes."
Com eleições gerais, marcadas para Outubro, deste ano, pode-se dizer que o país, caminha cada vez mais, para uma autêntica guerra civil, entre o exército governamental e forças da Renamo, em torno do seu seu líder, Afonso Dhlakama.
O líder da Renamo, que se recenseou, recentemente, para poder votar e ser candidato presidencial, do seu partido, nessas eleições, não está disposto a desarmar os seus homens, alegando, que lo governo moçambicano, não cumpre com os compromissos tomados, para além das forças da Defesa Nacional, o quererem matar.
De Maputo, o nosso correspondente, Orfeu Lisboa.
Orfeu Lisboa, correspondente em Maputo
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