Moçambique um militar morto em confrontos na Zambézia
Pelo menos um morto em novos confrontos ocorridos hoje a 50 kms de Mocuba, na província da Zambézia, opondo alegados homens armados da Renamo às forças de segurança, no mesmo dia em que a justiça moçambicana apelou a uma greve silenciosa, em protesto contra o assassínio do juiz Dinis Silica.
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Pelo menos um militar morreu e outro foi ferido por balas esta quinta-feira (15/05) em Murrothane, na província central da Zambézia, na sequência de confrontos opondo elementos das Forças Armadas e da Força de Intervenção Rápida, a cerca de 30 alegados homens armados da Renamo, que acampavam numa antiga base militar do principal partido de oposição.
Mais pormenores com o nosso correspondente em Maputo, Orfeu Lisboa
Correspondência de Moçambique
Para Pedro Cossa, porta-voz da Polícia de Moçambique, "sendo verdade que são homens da Renamo, cria isto um hábito de suspensão...tendo em conta que o próprio líder da Renamo tinha assegurado que mandou parar qualquer acção de ataques".
Pedro Cossa, porta-voz da polícia de Moçambique
A Associação Moçambicana de Magistrados - AMJ - exortou a classe a fazer uma greve silenciosa esta quinta-feira (15/05), adiando as audiências e outros actos judiciais previstos, em protesto contra o governo e polícia, na sequência do assassínio na semana passada em Maputo do juiz Dinis Silica, cuja viatura foi crivada de balas. A AMJ,convocou para hoje uma reunião com carácter de emergência de magistrados judiciais e do Ministério Público, para reflectirem sobre a sua segurança.
Gilberto Correia, antigo bastonário da Ordem dos Advogados, considera a greve uma "reacção exagerada e corporativista", mas salienta que o "direito à greve é garantido pela Constituição da República de Moçambique", mas tem que seguir as suas regras.
Gilberto Correia, antigo bastonário da Ordem dos Advogados de Moçambique
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