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Moçambique/Cabo Verde

África assinala dia da Mulher

Assinalou-se em todo o mundo neste domingo a jornada Internacional da Mulher. Apesar de muitos avanços na igualdade de géneros, ainda existem muitos atrasos como, por exemplo, a persistência de atos de violência contra mulheres a partir de tradição, costumes ou religião – crimes perpetrados “em nome da honra”, a mutilação genital e os casamentos forçados.

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Ao cabo de duas décadas de vigência da histórica Declaração de Pequim, adotada na IV Conferência Mundial sobre a Mulher, subsiste um risco de retrocesso a pender sobre direitos e igualdade de género, adverte a Amnistia Internacional num relatório que chega agora à Organização das Nações Unidas.

O mesmo trabalho da Amnistia chama ainda a atenção para a persistência de actos de violência contra mulheres a partir de tradição, costumes ou religião – crimes perpetrados “em nome da honra”, a mutilação genital e os casamentos forçados são exemplos.

Uma opinião partilhada pela lider parlamentar da Renamo, principal partido de oposição em Moçambique, Ivone soares que reconhece que apesar de se registarem alguns avanços  que no que concerne aos direitos da mulher ha ainda um longo caminho a percorer.

"Apesar de já assumirmos posições de liderança, vimos a mulher assumir posições de chefia de comando, mas ainda é preciso continuar a luta pela sua educação, pela sua instrução. A maior parte das mulheres, infelizmente, ainda está muito apegada aos trabalhos domésticos aos trabalhos terciários. O meu maior sonho é que as mulheres do meu país, do continente africano, que as mulheres no mundo em geral possam ter oportunidades iguais às dos homens. Que nãos sejamos impedidas de fazer um certo trabalho apenas por sermos mulheres. Que a discriminação contra a mulher possa ser definitivamente erradicada".

00:57

Ivone Soares, líder parlamentar da Renamo em Moçambique

A mesma linha de pensamento é defendida pela ministra cabo-verdiana, das Finanças e Planeamento, Cristina Duarte,  que em entrevista a João Matos, afirma que o continente africano não irá alcançar a reestruturação sem o papel activo da mulher.

"Eu acho que chegou o momento de sairmos do discurso da igualdade e adoptarmos uma prática consequente. Todos já chegamos à conclusão que não conseguiremos uma transformação estrutural de África sem uma participação activa da mulher. A mulher representa 70% da força de trabalho na agricultura, fala-se cada vez mais na industrialização do sector da agricultura ... é impossível equacionar esta estratégia sem equacionar a mulher. O que nós queremos é que nos deixem aceder às oportunidades em termos de acesso à terra, acesso ao financiamento, à formação e à constituição de grandes empresas em condições de igualdade".

01:26

Cristina Duarte, minsitra das Finanças e Planeamento de Cabo Verde

 

 

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