Conflito do gás russo ameaça países europeus
Representantes russos e europeus se reúnem em caráter de urgência nesta segunda-feira, em Bruxelas, para avaliar as consequências da decisão do governo russo de limitar as exportações de gás para a Bielorrússia. Alemanha, Lituânia e Polônia podem ver reduzido o abastecimento de gás.
Publicado a: Modificado a:
Cerca de 20% do gás exportado por Moscou e consumido pela União Europeia transita pelos gasodutos bielorrussos. Caso o abastecimento seja cortado ou reduzido, outros países europeus podem ver suas importações reduzidas, entre eles a Lituânia, que depende 100% do gás russo, além da Polônia e da Alemanha.
"Seguimos de muito perto a situação e estimamos que o abastecimento do gás russo que transita pela Bielorrússia não será perturbado pelo conflito", afirmou um porta-voz da Comissão Europeia.
A estatal russa de energia Gazprom começou a reduzir as exportações de gás à Bieolorússia na manhã desta segunda-feira. O presidente da estatal, Alexeï Miller, explicou hoje que a redução, inicialmente de 15%, pode chegar a 85% caso a ex-república soviética não liquide sua dívida com a Gazprom.
Um responsável da empresa bielorrussa Beltransgaz, que faz o transporte do gás da Rússia para a Europa, classificou a decisão de "ilegal e infundada". A Bielorrússia tinha até esta segunda-feira para pagar a dívida que, segundo o governo russo, soma 200 milhões de dólares. Por outro lado, o governo bielorrusso reivindica o montante de 213 milhões de dólares relativo ao transporte do gás para a Europa.
Na manhã desta segunda-feira, o ministério bielorrusso de Energia informou que a circulação por seu gasoduto era normal. Em janeiro de 2009, diversos países europeus tiveram interrompido o abastecimento de gás russo durante duas semanas, devido a um conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro