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Síria/Pronunciamento

Assad denuncia plano internacional para repartir a Síria

Em um pronunciamento na manhã deste domingo, o presidente da Síria, Bashar al-Assad, revelou o que ele considera ser um plano de paz para pôr fim a 21 meses de conflito em seu país. Assad sugeriu a realização de uma conferência de reconciliação nacional "com aqueles que não traíram a Síria", que seria seguida da formação de um novo governo e de uma anistia. Porém, o líder afirmou não ter encontrado "sócios para uma solução política".

Bachar al-Assad dyrante discurso neste domingo, 6 de janeiro de 2013, em Damasco.
Bachar al-Assad dyrante discurso neste domingo, 6 de janeiro de 2013, em Damasco. AFP PHOTO/SYRIAN TV
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Para o ditador sírio, "não existe conflito entre a oposição e o regime, e sim um embate entre a Síria e inimigos que querem a divisão do país". O discurso transmitido pela televisão estatal aconteceu no palco da ópera de Damasco, no centro da capital, onde o regime reuniu uma plateia de simpatizantes. Havia sete meses que Assad não falava em público, apesar da onda de protestos internacionais diante das 60 mil mortes causadas pelo conflito.

Sem dar sinal de fraqueza, mas enfrentando dificuldades evidentes para debelar a rebelião, o presidente sírio impôs suas condições. "Para a primeira etapa de uma solução política, é necessário que as potências regionais parem de financiar e de armar [a oposição], o fim das operações terroristas e o controle das fronteiras", disse Assad. "Não iremos dialogar com uma marionete fabricada pelo Ocidente", acrescentou o presidente sírio em referência à oposição.

Assad, cujo mandato termina em 2014, não pretende renunciar. Ele defende que a transição aconteça "pelos meios constitucionais", ou seja, com eleições. Segundo o jornal libanês pró-sírio Al-Akhbar, Assad não abre mão de ser candidato à sua própria sucessão.

Oposição rejeita proposta

A oposição síria rejeitou a proposta de conciliaçéao apresentada por Bashar al-Assad. O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, também reagiu negativamente dizendo que o discurso do presidente "vai além da hipocrisia".

"Nós vamos analisar com cuidado se há algo de novo no discurso, mas mantemos nossa posição de que Assad tem que se afastar e permitir uma transição política", afirmou porta-voz da área de Relações Exteriores da União Europeia.

Israel constrói cerca elétrica

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou neste domingo que seu governo constrói uma cerca elétrica ao longo da fronteira com a Síria para "proteger o Estado hebreu de incursões e do terrorismo".

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