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China/ meio ambiente

Governo chinês pede para moradores ficarem em casa devido à poluição

A poluição intensa em Pequim fez o governo chinês pedir para os habitantes ficarem em casa, após o anúncio de medidas de emergência para combater uma pesada neblina que encobre a capital chinesa e outras regiões do país. O governo municipal informou que crianças, idosos e pessoas mais sensíveis à baixa qualidade do ar devem evitar sair às ruas.

Homem protege o rosto com uma máscara diante da poluição em Bozhou.
Homem protege o rosto com uma máscara diante da poluição em Bozhou. REUTERS/China Daily
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As autoridades anunciaram o fechamento de 103 indústrias e ordenaram a retirada de circulação de 30% dos veículos nas estradas na terça-feira. A espessa nuvem de ar tóxico está pelo terceiro dia consecutivo estacionada na capital.

A visibilidade na área central de Pequim ficou reduzida a 300 metros, de acordo com a televisão estatal, o que provocou o cancelamento de 29 voos e o atraso de outros sete. A cidade tem 20 milhões de habitantes e registra uma circulação média de 5 milhões de veículos por dia.

As medidas adotadas, entretanto, não permitiram evitar novas taxas preocupantes de poluição. O Índice de Qualidade do Ar (AQI) da embaixada americana em Pequim, que serve de referência para muitos moradores da China, chegou nesta quarta-feira a 338, depois ter atingido um pico de 517 na terça. O AQI é "insalubre" acima de 150, "perigoso" ao superar 300 e "fora de controle" sobre 500. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda um nível diário não superior a 20.

O Centro Municipal de Controle Ambiental de Pequim o situou em 305 durante a tarde, quando informou que o ar da capital estava "muito poluído". Nas ruas, os chineses são vistos com máscaras para cobrir as vias respiratórias. Alguns usam o utensílio mesmo no trabalho ou em casa.

Os problemas de poluição na China, frequentes nos últimos dois meses, são atribuídos à rápida urbanização e ao seu acentuado desenvolvimento econômico. O tráfego rodoviário não para de crescer no país, a segunda maior economia do planeta. Com a matriz energética concentrada no carvão, a China consome sozinha o equivalente a todo o carvão utilizado no restante do mundo.

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