Etiópia: ONG denunciam limpeza étnica no Tigray
Organizações não governamentais, como a Amnistia Internacional, denunciam crimes de guerra e crimes contra a humanidade no Tigray, região do norte da Etiópia. As ong denunciam o consentimento e a possível participação das forças federais etíopes no que chamam de limpeza étnica.
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Paulo Fontes é o director de comunicação da Amnistia Internacional Portugal.
Esta ong, mais a Human Rights Watch, lançaram um relatório sobre a questão e apelam à responsabilização dos culpados.
Expulsões, execuções, violações são alguns dos dados denunciados, actos perpetrados por milícias e forças de segurança na parte ocidental do Tigray, norte da Etiópia, palco de um conflito entre rebeldes do Tigray e tropas federais desde Novembro de 2020.
Nos meses seguintes centenas de milhares de habitantes da região foram expulsos em operações levados a cabo pelas forças de segurança da região vizinha de Amhara.
Violências que teriam beneficiado do assentimento das tropas centrais.
Um porta-voz do governo regional Amhara, Gizachew Muluneh, ouvido pela agência noticiosa francesa AFP, denunciou "mentiras" e um relatório "irresponsável e tendencioso".
As organizações não governamentais apelam a que as tropas centrais de Addis Abeba garantam o acesso à área por parte de organizações de defesa dos direitos humanos.
Ouça aqui o resumo do relatório da Amnistia Internacional na voz de Paulo Fontes, director de comunicação da ong em Portugal.
Paulo Fontes, director de comunicação, Amnistia Internacional Portugal, 6/44/2022
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