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Sudão

Confrontos no Sudão ameaçam diplomatas europeus e norte-americanos

Os confrontos no Sudão entre o exército e as forças paramilitares de Apoio Rápido, que pretendem controlar o país, já terão feito mais de 180 mortos e ameaçaram uma escolta diplomática norte-americana e o representante da União Europeia no país, levando o secretário de Estado norte-americano. Anthony Blinken, a avisar que esta violência é inaceitável.

Os confrontos continuam no Sudão, tendo atingido uma escolta diplomática norte-americana e o representante da União Europeia no país.
Os confrontos continuam no Sudão, tendo atingido uma escolta diplomática norte-americana e o representante da União Europeia no país. © AFP
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Os confrontos em Cartum continuam com intensidade, tendo já feito possivelmente 180 mortos e 1.800 feridos, segundo dados divulgado pelas Nações Unidas. Tanto o Exército sudanês como as forças paramilitares que pretendem tomar o poder estão a usar artilharia pesada nos combates, incluindo tanques, em zonas com grande densidade populacional.

Os habitantes da cidade, segundo relato do enviado especial da RFI a Cartum, Eliott Brachet, estão sem água nem electricidade, encurralados pela guerrilha urbana levada a cabo entre as duas partes. Um dos habitantes entrevistados por Eliott Brachet disse que nenhum dos dois principais generais envolvidos nesta disputa "vai jamais representar" o povo sudanês.

"O povo já escolheu o seu lado. Nenhum destes generais nos vai jamais representar. Não são chefes de Estado, senão nenhuma destas balas teria sido atirada, nenhum cidadão seria ferido, ninguém seria morto, eles deviam-nos proteger. Que as armas voltem para as casernas e que as forças paramilitares sejam dissolvidas. Este país deve ser governado por civis e não por militares", declarou. 

Estes combates chegaram também às representações diplomáticas presentes no país, com uma escolta de diplomatas norte-americanos a ser atacada por combatentes paramilitares do grupo Apoio Rápido. Também o representante da União Europeia no Sudão, Aidan O’Hara, terá sido atacado na sua casa na segunda-feira. As insituições europeias disseram que O'Hara "está bem" e vai continuar as suas funções.

Estes ataques aos corpos diplomáticos no país, levaram o secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, a ligar aos líderes dos dois lados do conflito. Do lado dos paramilitares, o líder da diplomacia norte-americana falou com o General Mohamed Hamdan Dagalo, e com o líder do Exército sudanês, o General Abdel Fattah al-Burhan, dizendo que era inaceitável "colocar em perigo" diplomatas presentes no país.

Num texto conjunto, os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7, reunidos no Japão, emitiram um comunicado de imprensa condenando estes combates.

"Pedimos às partes que coloquem um fim aos combates sem quaisquer pré-condições", escreveram os representantes do G7.

Também o Conselho de Segurança das Nações Unidas tem estado a apelar a vários parceiros regionais para promoverem negociações com os dois lados do conflito de forma a tentar encontrar uma solução para colocar um ponto final aos conflitos que duram há já três dias.

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