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Níger

"Uso da Força" no Níger divide Estados da CEDEAO

Aumenta a pressão da comunidade internacional sobre os militares golpistas no Níger, a poucas horas do fim do ultimato dado pela CEDEAO. A comunidade regional instou os golpistas a reporem a ordem constitucional no país, sob a ameaça de recorrer ao uso da força. O Senegal e a Costa do Marfim dizem-se prontos para enviar soldados. A Nigéria e a Argélia recusam categoricamente uma intervenção militar no Níger.

Aumenta a pressão da comunidade internacional sobre os militares golpistas no Níger, a poucas horas do fim do ultimato dado pela CEDEAO. A comunidade regional instou os golpistas a reporem a ordem constitucional no país, sob a ameaça de recorrer ao uso da força.
Aumenta a pressão da comunidade internacional sobre os militares golpistas no Níger, a poucas horas do fim do ultimato dado pela CEDEAO. A comunidade regional instou os golpistas a reporem a ordem constitucional no país, sob a ameaça de recorrer ao uso da força. AFP - KOLA SULAIMON
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Vários membros da comunidade regional, entre eles o Senegal e a Costa do Marfim, mostraram-se disponíveis a enviar soldados para o Níger, avança o canal de televisão France 24 que cita uma fonte da delegação marfinenses.

A intervenção militar no Níger é vista como uma ameaça para a Argélia que recusa categoricamente o envio de militares para o país, declarou o Presidente argelino.

Durante uma entrevista aos órgãos de comunicação nacionais, Abdelmadjid Tebboune insistiu que não haverá solução sem a Argélia, sublinhando que o país partilha cerca de mil quilómetros de fronteira com o Níger.

Na Nigéria, o Presidente Bola Tinubu escreveu aos senadores pedindo-lhes que aprovassem as resoluções da CEDEAO, mas os eleitos não deram um cheque em branco ao chefe de Estado. O Senado rejeitou o golpe militar, todavia opôs-se a um confronto armado no Níger.

Ontem a França, pela voz da ministra dos Negócios Estrangeiros, Catherine Colonna, reiterou "o apoio da França ao Presidente deposto Mohamed Bazoum e ao governo nigerino, sublinhado que são as únicas autoridades legítimas no país".

A França disse ainda apoiar "firmemente e com determinação" os esforços da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental-CEDEAO- para tentar travar o golpe de Estado".

Em entrevista à RFI, a ministra francesa dos Negócios Estrangeiros admitiu que “a perspetiva de ter que recorrer a outros meios deve ser levada muito a sério”, aconselhando os golpistas a “desistirem desta aventura”.

O Mali e o Burkina Faso já vieram mostrar a solidariedade com o país vizinho que terá já pedido ajuda ao grupo mercenário russo Wagner perante a possibilidade de uma intervenção militar da CEDEAO.

A informação foi avançada por um investigador do Soufan Center, com sede em Nova Iorque, que referiu que o pedido foi feito durante uma visita de um dos líderes do golpe de Estado, o general Salifou Mody, ao vizinho Mali, onde contactou com um responsável do grupo Wagner.

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