Guiné Bissau: polémica à volta do arroz
O presidente dos Comerciantes Retalhistas não concorda com a forma como o Governo fixou um novo preço para o arroz no mercado interno. O secretário-geral da Associação de Defesa de Consumidores veio ao público se posicionar do lado do executivo. Bambo Sanhá pede ao executivo para que não admita chantagem dos comerciantes.
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O secretário-geral da associação de defesa de consumidores de bens e serviços, Bambo Sanha, está do lado do Governo na decisão de baixar o preço do arroz.
Bambo Sanha diz que é uma medida corajosa e necessária. Só não entende o posicionamento do líder da associação de comerciantes retalhistas, Aliu Seidi, a quem acusa de dar o dito por não dito.
O secretário-geral da associação de defesa de consumidores, Bambo Sanha não entende como foi possível que o líder dos comerciantes retalhistas, Aliu Seidi, esteja agora a questionar a medida do Governo de baixar o preço do arroz para 17.500 francos CFA, cerca de 26 euros, por cada saco de 50 quilogramas, se o próprio Aliu Seidi havia concordado com a decisão do Governo 24 horas antes.
O secretário-geral da associação da defesa de consumidores apela o Governo a ter mão dura perante qualquer comerciante que não praticar o novo preço do arroz. Pede medidas como cassação do arroz que é vendido num preço superior a 17.500 francos CFA, multa ou encerramento do estabelecimento.
Bambo Sanha exorta ainda aos comerciantes para que não façam política com a questão do arroz, por ser a base da dieta alimentar dos guineenses. Também alerta a população a denunciar quem não respeitar o novo preço do arroz.
O defensor dos consumidores aplaude a decisão do Governo em baixar o preço do arroz, mas pede que os preços de outros produtos, nomeadamente, farinha de trigo, óleo alimentar, sabão, açúcar, combustíveis e cimento também sejam reduzidos.
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