“Economia Azul pode ser o pilar da relação União Europeia-União Africana”

O ministro português dos Negócios Estrangeiros participou esta quinta-feira, 15 de Fevereiro, num diálogo político sobre Governação dos Oceanos e Economia Azul. João Gomes Cravinho afirma que a Economia Azul pode ser o pilar do relacionamento União Europeia-União Africana”.  

O ministro português dos Negócios Estrangeiros participou esta quinta-feira, 15 de Fevereiro, num diálogo político sobre Governação dos Oceanos e Economia Azul. AFP - BORIS HORVAT

Portugal participou esta manhã num diálogo de Alto Nível sobre Governação dos Oceanos e Economia Azul, um evento que decorreu à margem da 44ª reunião do Conselho Executivo da União Africana, em Addis Abeba, na Etiópia.

O ministro português dos Negócios Estrangeiros, que participou neste encontro, afirma que Portugal têm uma longa experiência que pode servir ao continente africano que tem “um potencial relativamente inexplorado em termos de Economia Azul”.

“É uma expertise desenvolvida ao longo de vários anos para um continente que tem um potencial tremendo em matéria de Economia Azul, um potencial ainda inexplorado, e que nós queremos fazer a partir daqui é que a Economia Azul seja um pilar importante do relacionamento União Europeia-União Africana”, explicou.

João Gomes Cravinho acredita que Portugal pode ser a ponte para a relação entre a União Europeia e a União Africana em termos de Economia Azul, sublinhando, porém, que há outros países como é o caso da França que realiza em 2025 a terceira conferência das Nações Unidas para os Oceanos.

A comissária angolana da União Africana para a Economia e Agricultura Rural, Josefa Sacko, que também esteve presente neste diálogo, referiu que o objectivo é reforçar este sector importante para a população africana.

“África tem 38 países costeiros e temos oito ilhas no continente, precisamos de preservar a natureza”, notou.

Josefa Sacko reconhece que Portugal está disponível para ajudar o continente através da partilha de conhecimento na gestão dos oceanos, do sector das pescas e na área da formação.

“Nós temos centros de especialidade na área da Economia Azul e o ministro português dos Negócios Estrangeiros mostrou-se disponível em ajudar com a experiência que Portugal já tem em termos de gestão dos oceanos, na área das pescas, com formação para os nossos jovens, regulação do produto e a conservação dos recursos aquáticos”, detalhou.

A escassez de recursos financeiros e a falta de sensibilização da população para continuar a impedir o continente africano de apostar na Economia Azul. Todavia, o responsável pela diplomacia portuguesa afirma que se África tiver planos consolidados a União Europeia estará disponível para avançar com esses fundos.

“A partir do momento em que os países africanos têm planos consolidados a Europa também pode trazer esses recursos financeiros”, concluiu.    

Oiça aqui o ministro João Gomes Cravinho:

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