Crise em Bujumbura
A tensão caracteriza o Burundi, depois do assassinío do ex-chefe de estado-maior, coronel Jean-Bikomagu, baleado em frente ao portão da sua casa, no bairro Kabondo, em Bujumbura. A União Africana receia que o assassínio de Bikomagu mergulhe novamente o Burundi numa nova guerra civil.
Publicado a: Modificado a:
Depois do assassínio neste sábado do antigo chefe do estado-maior das ex-Forças Armadas Burundesas,coronel Jean-Bikomagu, a situação é tensa em Bujumbura e a União africana receia que o Burundi mergulhe num novo conflito, após a guerra civil de 1993 à 2006. Em declarações à RFI,o opositor Jeremy Minami afirma haver o risco de uma implosão do exército burundês. O assassínio de Jean Bikomagu tem lugar duas semanas depois da execução em circunstâncias idênticas do general Adolphe Nshimirimana, figura próxima do regime liderado pelo presidente Pierre Nkuruniza,cuja reeleição em Julho último para um terceiro mandato está na origem de um golpe militar abortado e da violência política que tem caracterizado o país africano dos Grandes Lagos desde o passado mês de Abril.
Os analistas da região afirmam que o assassínio do coronel Bikomagu que combateu ferozmente a ex-rebelião hutu( CNDD-FDD) chefiada nomeadamente por Pierre Nkurunziza não deve ser dissociado do de Adolphe Nshimirimana, ex-chefe dos serviços de segurança burundeses e amigo fiel do actual chefe de Estado.
A presidência por intermédio do seu porta-voz, Gervais Abayeho , reagiu ao crescendo da tensão desencadeado no país pelo assassínio do ex -chefe das extintas FAB(Forças Armadas Burundesas) afirmando que a estabilidade do Burundi é irreversível.
Num comunicado divulgado em Addis Abeba a presidente da Comissão da União Africana , senhora Nkosazana Dlamini-Zuma recomendou o imperativo diálogo e consenso para que o Burundi possa pôr durávelmente termo a presente crise.
Crise em Bujumbura
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro