Zâmbia: oposição boicota investidura do Presidente Edgar Lungu
O Presidente zambiano cessante Edgar Lungu foi investido esta terça-feira, depois do Tribunal Constitucional ter rejeitado dois recursos interpostos pelo seu adversário Hakainde Hichilema.
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Na Zâmbia as eleições presidenciais de 11 de Agosto, foram vencidas pelo Presidente cessante Edgar Lungu, que obteve 50,3% de votos - maioria absoluta imposta pela primeira no país - o que equivale a cerca de 100 mil votos mais do que o seu principal adversário Hakainde Hichilema, que concorreu pela quinta vez ao cargo e denunciou fraude massiça.
A campanha eleitoral foi marcada por violentos confrontos, que culminaram na morte de pelo menos três pessoas.
O líder da oposiçao Hakaide Hichilema apelou ao boicote da cerimónia de investidura, esta terça-feira (13/09) decretada feriado nacional, considerando-a ilegal e inconstitucional.
Silvério Ronguane, antropólogo e filósofo moçambicano
A Zâmbia que nos anos 2000 tinha uma taxa de crescimento económico de 10%, viu-o baixar para 3,2% em 2015, devido à baixa do preço do cobre nos mercados internacionais, bem como ao esgotamento de algumas das suas reversas deste mineral que é o nervo da economia do país.
O Presidente Edgar Lungu tem pela frente nos cinco anos de mandato, a árdua tarefa de evitar que o país mergulhe na instabilidade, a reconciliação dos zambianos, que durante a campanha eleitoral viram acirradas as tensões étnico-tribais, tudo isto com a "dramática crise económica" que o país atravessa.
Considera o antropólogo e filósofo moçambicano Silvério Rongwane que embora acreditando que "a contestação vai continuar, atiçada pela grave crise económica, masporque a Zâmbia não passou por nenhum processo de luta armada, não tem homens armados ou preparados militarmente, não vai haver conflitos sangrentos[como sucede em Moçambique]".
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