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Angola

Activistas repudiam detenções arbitrárias em Angola

Associação para o Desenvolvimento da Cultura dos Direitos Humanos em Cabinda (ADCDH) repudia as sucessivas detenções nas últimas manifestações em Angola. No passado 28 de Novembro, oito activistas foram detidos em Cabinda.

presidente da Associação para o Desenvolvimento da Cultura dos Direitos Humanos em Cabinda (ADCDH), Alexandre Kuanga.
presidente da Associação para o Desenvolvimento da Cultura dos Direitos Humanos em Cabinda (ADCDH), Alexandre Kuanga. © Alexandre Kuanga
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A manifestação de dia 28 de Novembro em Cabinda denunciou "a discriminação em Cabinda e a falta de direitos liberdades; de circulação, de expressão e de ajuntamento", descreveu o presidente da Associação para o Desenvolvimento da Cultura dos Direitos Humanos em Cabinda (ADCDH). "Qualquer pessoa que se levante para reclamar direitos fundamentes da Constituição da República de Angola é conotado como rebelde, FLEC, independentista", sublinha Alexandre Kuanga.

Para este sábado, 19 de Dezembro, estão convocadas várias marchas. Uma delas para exigir a legalização do projecto político PRAJA-Servir Angola. Os médicos também convocaram uma marcha para defender o afastamento do presidente do sindicato dos médicos. Adriano Manuel tinha sido afastado da função por denunciar a morte de 19 crianças no Hospital pediátrico David Bernadino.

O Presidente angolano, João Lourenço, já apelou a que os manifestantes respeitem e mantenham relações cordiais com a Polícia Nacional. Um compromisso muito difícil aponta o activista Alexandre Kuanga, descrevendo que "as relações entre a polícia e os manifestantes têm sido beliscadas pela ideologia partidária. A polícia está habituada a defender o partido do MPLA (no poder) e este partidarismo é excessivo".

"A polícia não consegue separar a acção governativa e partidária e isso leva a polícia a comportar-se de forma cruel para com os manifestantes", descreve o activista angolano, que foi uma das oito pessoas detidas no passado 28 de Novembro, na manifestação em Cabinda.

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