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Angola/Sociedade

Luanda passa a cobrar lixo produzido por estabelecimentos comerciais

A goverandora da província de Luanda, Joana Lina, tenciona fazer pagar a recolha do lixo produzido pelos estabelecimentos  comerciais da capital angolana. Para o efeito, contratos visando a remoção de resíduos sólidos  serão assinados com agentes económicos.

Joana Lina, governadora da  província de Luanda, em visita à Empresa Pública de Limpeza e Saneamento de Luanda (Elisal).
Joana Lina, governadora da província de Luanda, em visita à Empresa Pública de Limpeza e Saneamento de Luanda (Elisal). © rfi/Francisco Paulo
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Um despacho, assinado pela governadora da província de Luanda, Joana Lina, determina que os focos de lixo produzidos por estabelecimentos comerciais, hotéis e similares passem a ser pagos para a respectiva recolha.

Agentes económicos devem assinar contratos com operadoras para a remoção de resíduos sólidos.

O responsável da Cultura, Hotelaria e Turismo da província de Luanda justifica que a medida tem por objectivo evitar os amontoados de lixo na via pública, que são provocados pelas grandes superfícies comerciais.

Manuel Gonçalves entende que os resíduos sólidos causados por estas unidades comerciais não são, nalgumas vezes, colocados directamente nos contentores, daí a necessidade da separação contratual entre o Governo Provincial de Luanda e as respectivas empresas.

A produção dos residuos sólidos que decorre da actividade desses estabelecimentos não vai parar directamente aos contentores onde, naturalmente, os moradores também fazem o seu depósito, havendo essa celebração de contrato com a operadora aqui o compromisso de directamente de procederem a essa recolha nos estabelecimentos”, revelou Manuel Gonçalves.

Um das operadoras a fazer limpeza na Avenida Pedro de Castro Van-Dunem no município do Kilamba Kiaxa, em Luanda.
Um das operadoras a fazer limpeza na Avenida Pedro de Castro Van-Dunem no município do Kilamba Kiaxa, em Luanda. © rfi/Francisco Paulo

Para o Governo Provincial de Luanda, a recolha de resíduos sólidos nos estabelecimentos de restauração, hoteleiros e similares já se processa, não obstante, ainda existir muitos centros comerciais sem contrato com nenhuma operadora de limpeza.

Joana Lina assegura que, o despacho vem precisamente reforçar a necessidade do cumprimento deste procedimento.

Não obstante a criação da comissão multi-sectorial e da contratação de sete novas operadoras para combater o lixo em Luanda, a capital angolana continua, desde finais de dezembro, a braços com amontoados de resíduos.

A situação permanece depois o Governo Provincial de Luanda ter rescindido contrato com as antigas empresas de limpeza, por incapacidade de pagar uma dívida avaliada em 246 mil milhões de kwanzas.

Em fevereiro do corrente ano, o Presidente João Lourenço aprovou uma verba de 34,89 mil milhões de kwanzas para a compra de serviços de limpeza e recolha do lixo, culminando com a contratação de sete operadoras, que desde finais de Março começaram de forma tímida a limpar os distritos e municípios da capital.

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