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França/Argélia

Argélia e França formalizam comissão mista de historiadores sobre período colonial

Na Argélia até este sábado encontra-se em visita o presidente francês, Emmanuel Macron. Uma deslocação que continua a ser marcada pela memória de um passado comum, Argel e Paris querem, porém, perspectivar o futuro.

O presidente argelino Abdelmadjid Tebboune fala durante uma conferência de imprensa conjunta com o presidente francês Emmanuel Macron no palácio presidencial em Argel, Argélia, em 25 de agosto de 2022.
O presidente argelino Abdelmadjid Tebboune fala durante uma conferência de imprensa conjunta com o presidente francês Emmanuel Macron no palácio presidencial em Argel, Argélia, em 25 de agosto de 2022. REUTERS - ALGERIAN PRESIDENCY
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O presidente francês apelou hoje a uma maior eficácia na luta contra a imigração clandestina e, quanto às dificuldades dos argelinos obterem visto Emmanuel Macron apelou a uma abordagem mais flexível da imigração escolhida.

A França continua, porém, refém, dos contenciosos herdados da presença colonial na Argélia: Macron anunciou uma comissão de historiadores franco-argelinos.

"Foi já decidido que pediríamos a uma comissão mista de historiadores que se debruce sobre os nossos arquivos por forma a ter uma visão global de todo este período histórico, determinante para nós, do início da colonização até à guerra de libertação; sem tabus."

Já o chefe de Estado anfitrião, Abdelmadjid Tebboune, apela a uma intensificação das relações mais viradas para o presente e o futuro.

"Através deste programa ambicionamos intensificar a cooperação científica e tecnológica, cultural e reforçar o nível das trocas comerciais entre os dois países."

A Argélia desempenha um papel chave na região do Sahel, em pleno diferendo bilateral entre Paris e Bamaco e com a intervenção crescente das milícias privadas russas Wagner, como frisou o presidente francês Emmanel Macron.

"A Argélia tem, inequivocamente, um papel chave no Sahel, tanto do ponto de vista geográfico como político. E também na medida em que os Acordos de Argel se mantêm como o texto fundador da transição para o Mali. 

A nossa vontade é, pois, de um reforço da parceria com a Argélia, para que possamos trabalhar juntos, tanto sob o plano político como diplomático, para o seguimento dos Acordos de Argel. Mas também para enviar as mensagens necessárias e evitar, efectivamente, que apareçam mercenários na região e, nomeadamente, os das milícias Wagner."

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Presidente francês sobre a Argélia e a região do Sahel, 26/8/2022

O presidente francês termina a sua viagem à Argélia neste fim de semana. 

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