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Coreia do Norte

Coreia do Norte organiza enterro grandioso para Kim Jong-Il

Os norte-coreanos enterram, nesta quarta-feira, 28 de dezembro, seu líder Kim Jong-Il. Nenhum estrangeiro foi convidado para a cerimônia, que celebra o culto ao dirigente, morto após 17 anos no poder. O funeral também está sendo visto como uma ocasião para as autoridades do regime de Pyongyang confirmarem seu apoio a Kim Jong-Un, filho de Jong-Il.

Corpo do ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-il, morto em 17 de dezembro
Corpo do ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-il, morto em 17 de dezembro REUTERS/KRT via REUTERS TV
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A cerimônia deve seguir o estilo grandioso do enterro do pai de Kim Jong-Il, o fundador da Coreia do Norte comunista, Kim Il-Sung, morto em 1994. Dez dias de luto foram respeitados e dois milhões de norte-coreanos homenagearam o cortejo fúnebre do líder. Mas segundo os especialistas, o contexto atual não é o mesmo. Na época, “o sofrimento era palpável em toda Pyongyang. A tristeza era sincera, mas hoje as coisas são diferentes”, explica Yang Moo-Jin, professor da Universidade de estudos norte-coreanos de Seul.

Apesar da política de repressão contra os dissidentes durante o regime de Il-Sung, o país viveu uma relativa estabilidade econômica até os anos 1970. Já durante os 17 anos de governo de Kim Jong-Il foram marcados por fome e pobreza generalizada.

Os detalhes sobre a cerimônia desta quarta-feira foram guardados em segredo até o último minuto. O regime não aceitou a ida de nenhum representante estrangeiro ao funeral e as duas delegações sul-coreanas não-governamentais, enviadas no início da semana para prestar homenagem ao líder, foram mandadas de volta para Seul.

Transição rápida

O enterro desta quarta-feira, organizado onze dias após a morte do dirigente norte-coreano, também será a ocasião para autoridades locais confirmarem seu apoio à Kim Jong-Un, o filho de Kim Jong-Il, que assume a direção do país. Desde a morte do líder, o regime comunista tem feito vários gestos simbólicos para garantir uma transição rápida do poder no país.

O jovem, que tem menos de 30 anos de idade e não possui nenhuma experiência política, já está sendo chamado de “grande sucessor” e “grande camarada” pelas autoridades de Pyongyang. O jornal do partido comunista, Rodong Sinmun, publicou o nome do herdeiro em letras garrafais em sua edição desta terça-feira, um privilégio reservado até agora apenas a seu pai e seu avô.

 

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