Os dois presidenciáveis reivindicam vitória no Egito
Os dois candidatos que concorreram no fim de semana ao segundo turno das eleições presidenciais no Egito reivindicam vitória. Segundo o site do jornal estatal al-Ahram, Mohamed Morsi, da Irmandade Muçulmana, teria ligeira vantagem de 51% sobre Ahmad Chafiq, o candidato dos militares, último primeiro-ministro de Hosni Mubarak.
Publicado a: Modificado a:
O candidato da confraria islamita Mohamed Morsi denunciou hoje um novo golpe da junta militar após as Forças Armadas se atribuírem amplas prerrogativas sobre o poder lesgislativo, manobra que se tornou possível depois da anulação das eleições parlamentares do início do ano "por irregularidades". Os islamitas tinham conquistado a maioria no parlamento. Simpatizantes de Chafiq acusaram Morsi de querer "roubar a vitória".
A junta militar egípcia prometeu entregar o poder ao presidente eleito até o dia 30 de junho. Os resultados oficiais do segundo turno só deverão ser conhecidos na quinta-feira, 21. Qualquer que seja o vencedor, a junta militar que dirige o Egito desde a deposição de Hosni Mubarak vai deixar pouca margem de manobra ao presidente eleito.
O jornal independente al-Masri al-Youm estampava hoje em sua primeira página "Um presidente sem poder; as forças armadas entregam o poder para as forças armadas".
A coalizão de jovens revolucionários que reúne os principais movimentos na origem da revolta que derrubou Hosni Mubarak denuncia um golpe anticonstitucional dos militares, "que nunca reconhecerão uma vontade popular que os contrarie".
Em sua conta no Twitter, Morsi se autoproclamou o primeiro presidente da república eleito pelo povo. Segundo os diretores de campanha de Morsi, o candidato islamita teria conquistado 52% dos votos contra 48% de Chafiq.
O clima de tensão política derrubou a bolsa de valores do Cairo, que fechou as operações nesta segunda-feira com perdas de 3,42%.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro