Tepco admite ter minimizado risco de tsunami na central de Fukushima
A companhia de eletricidade japonesa Tepco, responsável pela exploração da central nuclear de Fukushima, reconheceu pela primeira vez nesta sexta-feira ter minimizado o risco de tsunami pelo receio de ser obrigada a fechar suas instalações para melhorar as condições de segurança.
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“Existia um medo latente de um fechamento até que medidas draconianas de segurança fossem adotadas”, indicou a Tokyo letric Power (Tepco) em um relatório intitulado “ Política fundamental para a reforma do dispositivo nuclear da Tepco”, divulgado um ano e meio após o acidente.
O relatório de 32 páginas indica que antes mesmo do tsnunami gigante de março de 2011 que atingiu a central nuclear, a empresa sabia que os sistemas de defesa e proteção eram insuficientes. No entanto, a empresa não agiu, provavelmente por receio dos custos que poderia representar.
“Havia essa preocupação de que se novas e severas medidas fossem impostas, a segurança de todas as centrais existentes se tornaria um assunto de inquietação” e poderia “ dar mais munição ao movimento antinuclear”, diz o relatório.
Após o terremoto de 9 na escala Richter seguido do tsunami, o acidente de Fukushima, o pior desde a catástrofe de Tchernobyl (Ucrânia), em 1986, provocou importantes emissões radioativas no ar, na água e no solo da região de Fukushima, situada a 220 km ao nordeste de Tóquio. Milhares de pessoas tiveram que deixar suas casas.
As autoridades japonesas anunciaram em meados de setembro que o país deve deixar progressivamente as atividades nucleares num prazo de 30 anos.
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