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EUA/Israel

Depois de apoiar Romney, Netanyahu felicita Obama pela vitória

Mesmo sendo amigo pessoal de Romney há 40 anos, e diante da ameaça de guerra com o Irã, Benjamin Netanyahu preferiu manter um tom de cordialidade com os EUA, dizendo que a aliança com o país “está mais forte do que nunca.” Os palestinos não escondem a decepção com o governo Obama e pedem medidas para relançar o processo de paz no Oriente Médio.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. REUTERS/Baz Ratner
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Daniela Kresch, correspondente da RFI em Israel

Assim que o presidente dos Estados Unidos fez seu discurso de vitória, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu congratulou Barack Obama pelo sucesso nas urnas. Ele divulgou uma nota curta dizendo que “a aliança estratégica entre Israel e Estados Unidos é mais forte de que nunca”. Mas é senso comum que Netanyahu preferia que o candidato republicano, Mitt Romney, seu amigo pessoal há 40 anos, tivesse vencido.

O premiê chegou a aparecer em propagandas eleitorais de Romney, enquanto mantinha um relacionamento frio com Obama, tanto pessoal quanto político. Netanyahu gostaria que o presidente americano pressionasse mais o Irã para acabar com seu programa nuclear, incluindo, além das sanções econômicas, ameaças mais enfáticas de uma ação militar contra o país.

Já a reação do ministro da Defesa Ehud Barak, de tendência esquerdista, foi mais entusiasmada à reeleição de seu homônimo americano. Ele afirmou que os dois países “vão resolver suas diferenças, caso elas surjam”. O mesmo aconteceu com o presidente Shimon peres, ex-lider do partido trabalhista, que se mostrou satisfeito com a vitória.

Do lado palestino, as reações foram positivas, mas sem o entusiasmo de quatro anos atrás.O presidente palestino, Mahmou Abbas, enviou uma mensagem de parabéns a Obama. Os palestinos se dizem decepcionados com a política americana para o Oriente Médio nos últimos quatro anos, principalmente por conta do contínuo impasse no processo de paz com Israel. Além disso, os Estados Unidos mantêm com a posição de vetar o reconhecimento da Palestina no Conselho de Segurança da ONU.

 

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