Ali Akbar Salehi é nomeado chefe da organização iraniana de energia atômica
O ex-chanceler iraniano Ali Akbar Salehi foi nomeado nesta sexta-feira chefe da OEA (Organização iraniana de energia atômica), que representa o Irã anualmente na assembleia da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica). Ele já havia dirigido a organização entre 2009 e 2010 antes de se tornar ministro.
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A nomeação de Salehi para o cargo reafirma as intenções do novo presidente Hassan Rohani, que assumiu o cargo no dia 4 de agosto, de relançar o diálogo com a comunidade internacional. O objetivo é aliviar as sanções contra o país, mergulhado em uma grave crise econômica.
Doutor em Física nuclear pelo MIT (Massachussets Institute of Technology) Salehi foi negociador do Irã na AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) entre 1997 e 2005, na época em que Mohammad Khatami ocupava a presidência.
O chefe da OEA é responsável pelo controle e o funcionamento das centrais que contribuem para a produção de eletricidade nuclear, sem estar diretamente ligado às negociações sobre o programa nuclear. Mas ele representará o país durante a assembleia anual dos membros da Agência Internacional de Energia Atômica, que acontece em setembro na Áustria.
Israel e as potências ocidentais acusam Teerã de enriquecer urânio para fabricar a bomba atômica, o que as autoridades do país negam, apesar de darem continuidade ao programa de enriquecimento de material radioativo a alto teor. Depois de diversas tentativas de negociação, o país, irredutível, acabou sendo alvo de várias sanções bilaterais, e outras adotadas no Conselho de Segurança da ONU.
Na semana passada, o novo presidente declarou que estava pronto para ter sérias negociações com o Irã e as grandes potências, sem abdicar do direito de enriquecer urânio.
Paralelamente, o Parlamento iraniano deu hoje voto de confiança a 15 dos 18 ministros, apresentados pelo presidente Hassan Rohani, depois de quatro dias de debate O anúncio foi feito pelo presidente da assembleia Ari Larijani na TV.
Apenas os candidatos mais liberais para os Ministérios da Educação (Mohammad Ali Najafi), da Ciência, da Pesquisa e da Tecnologia (Jafar Mili-Monfared) e do Esporte (Massoud Soltanifar) não foram aceitos pelo Parlamento, que é formado predominantemente por conservadores.
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