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Paquistão/crime

Pervez Musharraf é acusado oficialmente da morte de Benazir Bhutto

O ex-presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, foi formalmente acusado nesta terça-feira pela morte da sua ex-rival Benazir Bhutto, assassinada em 2007. Ele compareceu hoje à audiência no tribunal de Rawalpindi, cidade vizinha à capital, sob a proteção da polícia e das forças especiais e negou todas as acusações.

O ex-presidente do Paquistão e líder da Liga Muçulmana Paquistanesa, Pervez Musharraf , em foto de 15 de abril de 2013, em Islamabad.
O ex-presidente do Paquistão e líder da Liga Muçulmana Paquistanesa, Pervez Musharraf , em foto de 15 de abril de 2013, em Islamabad. REUTERS/Mian Khursheed
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Após quatro anos de exílio entre Dubai e Londres, o ex-presidente voltou ao Paquistão no final de março a fim de participar das eleições marcadas para maio do ano que vem. Mas sua candidatura foi invalidada e ele vive atualmente em regime de prisão domiciliar nos arredores de Islamabad.

O general Musharraf tomou o poder em 1999 após um golpe de Estado sem violência. Depois dos atentados de 11 de setembro em Nova York ele se tornou um aliado essencial para os Estados Unidos na guerra contra o terrorismo.

A ex-primeira-ministra Benazir Butho, líder do PPP, o Partido do Povo Paquistanês, voltou para o Paquistão em 2007 para participar das eleições legislativas. Ela foi assassinada no dia 27 de dezembro do mesmo ano diante de milhares de partidários em Rawalpindi.

O PPP acabou vencendo as eleições em fevereiro de 2008 liderado pelo marido de Benazir Butho, Asif Ali Zardari. Seu mandato no comando do país termina no dia 8 de setembro. Ele foi sempre criticado por não ter conseguido fazer com que a investigação sobre a morte de sua esposa avançasse.

Na época o governo de Pervez Musharraf acusou o líder dos talibãs paquistaneses, Baitullah Mehsud, pelo assassinato de Benazir Bhutto. Mas o líder talibã, que acabou morto por um tiro de drone americano, sempre negou qualquer envolvimento no crime.

Aos 70 anos, Musharraf voltou ao Paquistão com a intenção de participar das eleições em maio do ano que vem e "salvar" seu país, confrontado com a ascensão dos talibãs e a crise econômica.

Mas além de ser processado pelo assassinato de Benazir Bhutto, ele também é investigado pela justiça por ter imposto o estado de emergência em 2007 e pelo assassinato em 2006, em uma operação militar, de Akbar Bugti, um chefe rebelde da província do Baluchistão (sudoeste).

 

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