Missão para destruir arsenal sírio terá três fases, diz secretário-geral da ONU
O desmantelamento do arsenal de Bashar al Assad será supervisionado por uma centena de especialistas da Organização de Armas Químicas (OIAC), afirmou nesta terça-feira o secretário da ONU, Ban Ki Moon. A destruição das armas químicas do governo sírio deve ser finalizada dentro de um ano, disse hoje o presidente russo Vladimir Putin.
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Em uma carta enviada aos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU, o secretário-geral da organização, Ban Ki Moon, explicou que a missão terá três fases.
A primeira teve início neste domingo: os especialistas internacionais supervisionaram a destruição de mísseis e bombas. Mais de cem pessoas da ONU e da OIAC estão envolvidas.
Na segunda fase da missão, serão destruídos equipamentos usados na fabricação de armas químicas. A terceira fase servirá para verificar a eliminação total do estoque, terá a participação da comunidade internacional, e será, na opinião de Ban Ki Moon, a mais difícil.
A operação termina em junho de 2014. No total, estima a organização, deverão ser eliminadas mais de mil toneladas de armas, distribuídas em diferentes locais do país.
A ONU está aplicando a resolução do Conselho de Segurança, aprovada em setembro por unanimidade, depois de um acordo entre a Rússia e os Estados Unidos que evitou uma intervenção militar.
Caso o regime sírio não respeite o compromisso, o Conselho poderá a voltar se reunir para aplicar sanções.
Para Putin, destruição levará um ano
O presidente russo Vlamidir Putin disse hoje que o desmantelamento do arsenal sírio dificilmente sera finalizado antes de um ano. A declaração foi dada à margem do Fórum de Cooperação Econômica para a Ásia e o Pacífico.
O chefe de estado, que se encontrou com o secretário de Estado americano John Kerry, também declarou que os dois concordavam com maneira como o arsenal será destruído.
"Temos uma concepção comum sobre o que deve ser feito, e maneira como deve ser feito", ressaltou Putin, que se disse satisfeito com a posição do presidente americano Barack Obama.
O conflito na Síria teve início em 2011 e já deixou mais de 115 mil mortos, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
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