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Tailândia/ protestos

Explosão deixa 28 feridos durante protesto na Tailândia

Pelo menos 28 pessoas ficaram feridas hoje (19) em Bangcoc, capital tailandesa, durante um novo ataque contra manifestação antigoverno, reforçando o temor de uma escalada da violência no país. Na sexta-feira, a detonação de uma bomba durante um protesto matou uma pessoa.

Policiais observam local onde bomba explodiu neste domingo, deixando 28 feridos.
Policiais observam local onde bomba explodiu neste domingo, deixando 28 feridos. REUTERS/ Chaiwat Subprasom
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Duas explosões e tiros surpreenderam os manifestantes que ocupavam a praça da Vitória, um dos pontos de encontro para protestar, há dois meses, contra a primeira-ministra, Yingluck Shinawatra. De acordo com o balanço de uma central de urgências, 28 pessoas ficaram feridas, uma dela por tiros.

Um integrante do Ministério da Saúde, afirmou que sete pessoas estavam em estado grave. “A maioria está sendo operada”, informou Suphan Srithamma.

Um jornalista do Post Today está entre os feridos, conforme a publicação. “Um primeiro explosivo foi lançado sobre uma tenda atrás do palco, onde eu estava sentado. Provavelmente, eu era o alvo”, declarou Thavorn Senniem, um dos líderes do movimento. “As pessoas identificaram suspeitos e correram atrás deles, quando eles jogaram outra bomba e começaram a atirar, antes de fugir de moto”, contou.

Entenda a crise

Os manifestantes exigem a renúncia da chefe de Governo e a instauração de um conselho popular não eleito para reduzir a influência política da família Shinawatra e, em particular, de Thaksin, irmão mais velho da primeira-ministra tailandesa. Ele foi primeiro-ministro entre 2001 e 2006 e, acusado de corrupção, foi deposto por um golpe de Estado. Os manifestantes ainda consideram que Thaksin se mantém no poder através da irmã.

Para tentar resolver a crise, Yingluck convocou eleições legislativas antecipadas para o dia 2 de fevereiro, mas os manifestantes não querem a realização do pleito, que podem ser vencido pelo partido no poder. O Partido Democrata já anunciou o boicote da votação.

Premiê em risco

Em 2008, a justiça depôs dois primeiros-ministros pró-Thaksin. Yingluck também corre o risco de cair através de uma decisão judicial. A Comissão Nacional de Combate à Corrupção lançou, na quinta-feira, uma investigação contra ela para examinar eventuais falhas relacionadas a um polêmico programa de ajuda aos produtores de arroz.

Até o momento, a crise política na Tailândia já deixou nove mortos, a maioria em circunstâncias não esclarecidas.
 

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