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Iraque/Crise política

Novo premiê iraquiano negocia formação de governo de união

O novo primeiro-ministro do Iraque, Haïdar al-Abadi, começa nesta terça-feira (12) as negociações para formar um novo gabinete. A constituição de um governo de união nacional no Iraque é uma condição para que os Estados Unidos ampliem sua ajuda política ao país, segundo o secretário norte-americano de Estado, John Kerry.

O xiita Haidar al-Abadi foi encarregado de formar o novo governo iraquiano.
O xiita Haidar al-Abadi foi encarregado de formar o novo governo iraquiano. IRAQ-SECURITY/ABADI REUTERS/Ahmed Saad/Files
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Uma base governamental sólida é um dos primeiros passos para tentar assegurar a integridade territorial do Iraque. Várias áreas do norte do país foram invadidas pelo grupo extremista Estado Islâmico, que é uma ameaça até para a capital Bagdá. Mas as forças curdas têm conseguido algumas vitórias contra os extremistas sunitas. Os combatentes peshmergas retomaram a cidade de Makhmur, que fica nos arredores de Erbil, capital do Curdistão iraquiano.

Nesta terça-feira diplomatas da União Europeia se reúnem para discutir meios de ajudar o Iraque. Já os Estados Unidos, que começaram a bombardear as posições dos jihadistas, descartam o envio de tropas terrrestres.

Em visita a Sidney, na Austrália, o chefe da diplomacia norte-americana pediu que o novo primeiro-ministro iraquiano, Haidar al-Abadi, "forme um governo assim que possível" para enfrentar a profunda crise que atinge o país.

John Kerry explicou que os Estados Unidos estão dispostos a apoiar um governo de união nacional, e em particular seu combate contra os jihadistas do Estado Islâmico. Mas as divisões na cúpula do governo iraquiano podem atrapalhar. O premiê precedente, o xiita Nuri al-Maliki, se recusa a deixar o posto após oito anos no poder. Ele é acusado pelos americanos de ter alimentado a ofensiva dos jihadistas sunitas ao marginalizar essa minoria religiosa.

Transferência de armas

No plano militar, o secretário norte-americano da Defesa, Chuck Hagel, confirmou que Washington está transferindo armas para os curdos que lutam contra o Estado Islâmico no norte do Iraque. Mas John Kerry excluiu o envio de tropas americanas.

Ele também informou que os Estados Unidos e a Austrália vão acionar as Nações Unidas sobre a questão dos jihadistas estrangeiros que combatem no Iraque ou na Síria, "com o objetivo de obter o apoio dos países de origem (dos jihadistas) e dos países envolvidos".

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