Europeus podem dar apoio armado ao Iraque contra extremistas
Os ministros europeus das Relações Exteriores estão reunidos em Bruxelas nesta sexta-feira (15) para decidir se reforçam o envio de armas aos combatentes iraquianos e curdos que lutam contra o avanço dos jihadistas do Estado Islâmico do Iraque. A maioria dos países europeus estaria disposta a selar um acordo em prol de um apoio militar ao Iraque - ideia que é defendida principalmente pelo governo francês, que já anunciou a entrega de "armas sofisticadas" ao país.
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A Itália e o Reino Unido já disseram que também podem ajudar as forças iraquianas e curdas com armamentos. A Alemanha, proibida por lei de fornecer material bélico a zonas de conflito, diz que pode enviar material médico e ajuda militar não-letal, como equipamentos de visão noturna e veículos.
Até os países que tradicionalmente se opõem a intervenções militares, como a Suécia e a Áustria, não se posicionariam contra a ideia do armamento das forças que combatem a rebelião no norte do Iraque, caso haja consenso entre os europeus.
No entanto, uma ofensiva terrestre é descartada, tanto pelos europeus quanto pelos Estados Unidos. Ontem, o presidente americano, Barack Obama, anunciou que as forças do país conseguiram bombardear a sede dos jihadistas nas montanhas do Sinjar, onde milhares de pessoas da minoria Yazidi estavam cercadas pelo Estado Islâmico. Obama também disse que o país vai dar continuidade às operações aéreas no norte do Iraque, onde as forças curdas continuam a luta para expulsar os jihadistas do Estado Islâmico.
De acordo com o Pentágono, entre 4 e 5 mil membros da minoria yazidi ainda estariam refugiados nas montanhas do Sinjar. Muitos deles conseguiram deixar a região nos últimos dias e fugir para a Síria e o Curdistão autônomo.
Premiê aceita sair
O primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, aceitou ontem deixar o cargo. A demissão, assinada nesta quinta-feira, aconteceu depois de forte pressão internacional e interna.
No começo da semana, Haïdar al-Abadi já havia sido escolhido como novo premiê e começou a formar um novo governo. Faltava, porém, o anúncio formal da saída de Al Maliki para acalmar a tensão política no país. Ele passou oito anos como primeiro-ministro e foi acusado de não conseguir conciliar as diferentes correntes do cenário político iraquiano.
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