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Israel

Israel: Naftali Bennett acaba com 12 anos de Benjamin Netanyahu no poder

Com 60 votos favoráveis e 59 contra, o parlamento israelita validou ontem a formação de um novo governo a ser chefiado pelo líder ultranacionalista Naftali Bennett, magnata das novas tecnologias que fundou há oito anos Yamina, um partido favorável à extensão dos colonatos nos territórios ocupados.

Naftali Bennett, novo primeiro-ministro de Israel.
Naftali Bennett, novo primeiro-ministro de Israel. YONATAN SINDEL POOL/AFP
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Depois de doze anos com Benjamin Netanyahu na chefia do governo, Israel acordou hoje com um novo Primeiro-Ministro. Aos 49 anos, depois de ter sido um aliado do seu antecessor, Naftali Bennett dirige desde hoje e durante dois anos, antes de ceder o lugar ao aliado centrista Yaïr Lapid, um executivo composto por 26 ministros oriundos de oito formações politicas abrangendo a esquerda, o centro, a direita e até um partido representando a minoria árabe.

Chefe de uma coligação heterogénea, Naftali Bennett cujo partido é apóstolo do ultraliberalismo económico e da continuação da colonização dos territórios palestinianos, tem vários desafios pela frente: a retoma económica, a ameaça securitária do Irão que ele designou ontem como uma das suas prioridades, sendo que a oposição chefiada pelo seu doravante principal rival, Benjamin Netanyahu, não esconde a intenção de fazer cair esta frágil coligação em que o partido Yamina tem apenas 8 em 120 assentos parlamentares.

Segundo uma sondagem divulgada hoje, 43% dos israelitas acreditam numa rápida dissolução desta nova maioria, 30% numa duração longa e apenas 11% das pessoas inquiridas acreditam que o novo executivo consiga chegar até ao final dos seus 4 anos de mandato.

Encorajamentos vindos do exterior não faltam. Tanto os Estados Unidos, a Rússia ou ainda a União Europeia não só felicitaram o novo governo como apelaram a uma cooperação construtiva com as novas autoridades de Telavive.

O certo é que o poder de acção deste novo executivo deverá ser posto à prova já amanhã. A extrema-direita israelita prometeu efectuar uma marcha esta terça-feira junto da Esplanada das Mesquitas em Jerusalém, palco ainda no mês passado de violências entre pro e anti-palestinianos. O Hamas, no poder na faixa de Gaza, já agitou a ameaça de represálias e disse ontem que o novo governo "não altera nada" nas suas relações com Israel.

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