Palestinianos anulam acordo de vacinas com Israel devido ao prazo de validade
A Autoridade Palestiniana anulou, esta sexta-feira, um acordo de troca de vacinas com Israel porque as doses que iam ser cedidas estariam prestes a expirar. Segundo a Autoridade Palestiniana, a data de validade anunciada e acordada inicialmente era Julho e Agosto, mas as doses recebidas expiravam em Junho. O governo de Israel ainda não comentou a recusa palestiniana.
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A Autoridade Palestiniana anulou, esta sexta-feira, um acordo de troca de vacinas com Israel porque as doses estariam no fim da validade. O acordo tinha sido anunciado durante o dia e Israel comprometia-se a ceder à Autoridade Palestiniana até 1,4 milhões de doses da vacina Pfizer. Em contrapartida, esta comprometia-se a entregar a Israel um número equivalente de doses de vacina em Setembro ou Outubro quando recebesse doses da Pfizer.
Israel tinha dito que iria transferir para a Autoridade Palestiniana um milhão de doses com a data de validade “prestes a expirar” e a Autoridade Palestiniana tinha declarado aceitar para "acelerar a campanha de vacinação" na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
O problema, segundo o ministro palestiniano da Saúde, Mai al Kaila, é que as autoridades israelitas lhe tinham falado num prazo de validade de Julho e Agosto, “o que deixaria tempo para a sua inoculação”, mas “a data era afinal Junho, o que não deixa tempo suficiente para as usar e algo que levou à recusa” das vacinas.
Israel vacinou cerca de 55% da sua população, ou seja, mais de 9,3 milhões de pessoas receberam duas doses de vacina anticovid-19. Na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, apenas cerca de 260 mil pessoas receberam duas doses e apenas 30 % da população recebeu, pelo menos, uma dose da vacina. Os grupos de defesa dos direitos humanos têm criticado Israel por ter levado a cabo uma das campanhas de vacinação mais rápidas do mundo mas sem terem feito grandes esforços para facilitar o acesso às vacinas pelos palestinianos da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. Os palestinianos receberam doses de Israel, Rússia, China, Emirados Árabes Unidos e da plataforma mundial Covax.
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