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Ucrânia

Rússia anuncia a rendição de mais de 1.700 combatentes ucranianos de Azovstal

De acordo com a Rússia, mais de 1.700 combatentes ucranianos que estavam barricados na unidade industrial de Azovstal em Mariupol, no sudeste da Ucrânia, entregaram-se às forças russas. O seu destino é incerto, tanto mais que Moscovo declara considerar alguns deles como sendo "neonazis".

Veículos da Crus Vermelha junto do complexo industrial de Azovstal, em Mariupol, no sudeste da Ucrânia, ontem dia 18 de Maio de 2022.
Veículos da Crus Vermelha junto do complexo industrial de Azovstal, em Mariupol, no sudeste da Ucrânia, ontem dia 18 de Maio de 2022. AP
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O Ministério Russo da Defesa anunciou hoje que 771 combatentes ucranianos que estavam barricados na unidade industrial de Azovstal se entregaram nas últimas 24 horas às forças russas, fazendo ascender a mais de 1.700 o número de combatentes que saíram do complexo desde segunda-feira. As forças pro-russas que controlam a zona afirmam que mais de metade desses combatentes, sobre um total estimado a 2.000, abandonaram as armas e que eles foram levados para uma prisão em Olenivka, localidade sob controlo russo.

A partir daí, o seu destino é incerto. A Ucrânia pretende organizar uma troca de prisioneiros de guerra, mas Moscovo já declarou que ela considera que uma parte desses presos não são soldados, mas sim combatentes "neonazis", referindo-se ao facto de uma parte substancial dos combatentes de Azovstal pertencerem ao conhecido batalhão 'Azov', associado aos neonazis.

Paralelamente, a justiça ucraniana que encetou ontem o primeiro julgamento por crimes de guerra, reclamou hoje a prisão perpétua para um jovem soldado russo acusado de ter abatido um civil ucraniano desarmado no passado dia 28 de Fevereiro. A justiça ucraniana também indicou estar a investigar mais de 12.000 outros presumíveis crimes de guerra, à semelhança do que está igualmente a ser investigado por entidades internacionais.

No terreno, as autoridades ucranianas deram conta hoje de 4 mortos e 3 feridos em Severodonetsk, em Lugansk no leste do país.

No quadrante político, os países do G7 estão reunidos hoje e amanhã na Alemanha para examinar as consequências económicas do conflito, o Banco Mundial tendo desde já anunciado o desbloqueamento de um envelope de 30 mil milhões de Dólares para ajudar os países mais fragilizados a fazer frente ao aumento dos preços e escassez de alimentos.

Por outro lado, o Senado americano deve validar hoje o desbloqueamento de 40 mil milhões de Dólares à Ucrânia, dos quais 6 mil milhões para a aquisição de veículos blindados. Já em meados de Março, o congresso americano disponibilizou uma ajuda de 14 mil milhões de Dólares a favor de Kiev.

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