Seul quer compensar vítimas de trabalhos forçados durante ocupação japonesa
Seul – O governo sul-coreano anunciou, esta segunda-feira, que vai compensar as pessoas que foram vítimas de trabalhos forçados durante a ocupação japonesa da Coreia do Sul, entre os anos de 1910 e 1945.
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É uma medida que visa aproximar Seul e Tóquio e sarar uma ferida aberta há mais de 70 anos. O executivo sul-coreano anunciou, esta segunda-feira, que vai compensar as vítimas de trabalhos forçados, durante a ocupação japonesa da Coreia do Sul, numa altura de tensões crescentes com a Coreia do Norte.
O anúncio foi feito pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul, Park Jin, que disse tratar-se de “uma nova história para a Coreia do Sul e para o Japão” e de um passo muito importante no reforço das relações bilaterais.
"A cooperação entre a Coreia e o Japão é muito importante em todos os campos da diplomacia, economia e segurança, no actual contexto de grave situação internacional e difícil crise global", salientou Park Jin.
De acordo com Seul, cerca de 780 mil coreanos foram recrutados pelo Japão e obrigados a trabalhos forçados, durante o período colonial. Este número não inclui, no entanto, as mulheres que foram forçadas a escravatura sexual por parte das tropas nipónicas durante a segunda guerra mundial.
A compensação será feita através de uma fundação local, que irá receber doações de empresas sul-coreanas, que já beneficiaram anteriormente, de reparações japonesas, nomeadamente, em 1965.
O chefe da diplomacia japonesa já reagiu a este anúncio, referindo que este plano “vai ajudar a restaurar as relações saudáveis com Tóquio”.
Os Estados Unidos da América também já saudaram este “anúncio histórico” e Joe Biden diz tratar-se de um "novo e inovador capítulo de cooperação e parceria entre dois dos aliados mais próximos da América".
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