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Israel/Faixa de Gaza

Ataque israelita a hospital Al-Shifa faz vários mortos

O exército israelita invadiou esta segunda-feira, 18 de Março, o hospital Al-Shifa, em Gaza, causando vários mortos, feridos e um incêndio num dos edifícios. O ataque aconteceu depois de Israel ter pedido à população civil para evacuar a zona do hospital, alegando que as instalações estão a ser utilizadas pelo Hamas como base para "comandar ataques".

Israeli soldiers stand outside Shifa Hospital in Gaza City, Wednesday, Nov. 22, 2023.
O exército israelita invadiu esta segunda-feira, 18 de Março, o hospital Al-Shifa, em Gaza, causando vários mortos, feridos e um incêndio num dos edifícios. O ataque aconteceu depois de Israel ter pedido à população civil para evacuar a zona do hospital. AP - Victor R. Caivano
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Os combates começaram pouco antes do amanhecer nas imediações do hospital Al-Shifa, em Gaza. O exército israelita afirma que quando os soldados se preparavam para a realizar a "operação de alta precisão", foram atacados à entrada do complexo.

Horas antes, Israel tinha pedido à população para evacuar o hospital Al-Shifa, em Gaza, justificando a operação com o facto de que a unidade de saúde estaria a ser usada por membros do Hamas para comandar ataques contra Israel.

“Para vossa segurança, devem evacuar imediatamente a área a oeste” e depois seguir pela estrada ao longo da costa “ao sul até à área humanitária de Al-Mawasi”, localizada no sul da Faixa de Gaza, escreveu o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari,em árabe.

Várias testemunhas disseram à AFP que panfletos com a mesma mensagem foram lançados na área.

Por seu lado, as autoridades palestinianas relatam que o ataque das tropas militares israelitas desencadeou um incêndio num dos edifícios do hospital. As comunicações foram cortadas e as pessoas ficaram presas nas unidades de cirurgia e de emergência de um dos edifícios. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza várias pessoas perderam a vida e outras ficaram feridas.

“Há várias vítimas, incluindo mortos e feridos e é impossível resgatar as pessoas, devido à intensidade do fogo e dos ataques contra qualquer pessoa que se aproxima das janelas”, avança.

 

 

No plano diplomático, um responsável israelita disse que o país se prepara para propor uma trégua de seis semanas em Gaza, em troca da libertação de 40 reféns mantidos no enclave palestino. Uma delegação de altos funcionários liderada pelo chefe da Mossad viaja hoje para o Qatar para negociar a trégua.

De acordo com o responsável israelita, as discussões poderão durar pelo menos duas semanas, referindo-se às dificuldades que podem surgir com emissários do Hamas.

ONU pede medidas urgentes para lutar contra a fome em Gaza

As Nações Unidas alertaram nesta segunda-feira, 18 de Março, que sem medidas urgentes, a fome vai espalhar-se no norte da Faixa de Gaza até final de Maio. Um em cada dois habitantes da Faixa de Gaza vive actualmente uma situação alimentar catastrófica. Ou seja, mais de um milhão de pessoas estão “numa situação de fome catastrófica”.

Ainda hoje, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, alertou que a Faixa de Gaza é um “cemitério a céu aberto para dezenas de milhares de pessoas” depois de ter sido uma “prisão ao ar livre”. A declaração foi feita pouco antes do início de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia.

Josep Borrel disse que “já não estamos à beira da fome,mas enfrentamos uma fome que afecta milhares de pessoas”, acrescentando que há centenas de camiões com comida e ajuda humanitária que esperam para entrar na Faixa de Gaza mas que não o podem fazer sem autorização de Israel.

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