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Síria/ oposição

Fracassa reunião de opositores sírios para a formação de governo provisório

Líderes da oposição síria disseram nesta segunda-feira que não conseguiram chegar a um acordo sobre a formação de um governo de transição para administrar áreas controladas pelos rebeldes, depois de uma reunião realizada em Istambul. O fracasso marca um novo golpe nos seus esforços para apresentar uma alternativa ao regime do presidente Bashar al-Assad.

Ex-primeiro-ministro Riad Hijab é visto como o nome mais provável para assumir a liderança de um governo de transição da oposição síria.
Ex-primeiro-ministro Riad Hijab é visto como o nome mais provável para assumir a liderança de um governo de transição da oposição síria. REUTERS/Khaled al-Hariri/Files
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A Coalizão Nacional Síria (CNS) disse, em um comunicado, que um comitê de cinco membros iria apresentar propostas sobre a formação de um governo dentro de 10 dias, depois que as conversas em um hotel de Istambul terminaram sem um acordo sobre um primeiro-ministro interino. A formação de um governo é vista como uma ameaça para alguns membros da CNS, especialmente a Irmandade Muçulmana, que perderia influência se um corpo executivo menor for eleito.

As negociações de Istambul, a segunda tentativa da oposição para formar um governo, só destacaram ainda mais as profundas divisões que existem na coalizão, e correm o risco de minar o apoio para o grupo formado há dois meses no Catar, com apoio ocidental e do Golfo. Brigas pelo poder dentro grupo, de 70 membros, têm atrapalhado os esforços para os opositores conseguirem organizar um governo de transição, à espera da queda de al-Assad.

Uma fonte presente na reunião afirmou à agência Reuters que metade da CNS se opôs à ideia de um governo de transição por completo. A coalizão, formada no dia 11 de novembro e dominada por islâmicos e seus aliados, afirmou, em sua declaração, que a comissão de cinco membros iria consultar as forças de oposição, o Exército Sírio Livre e países amigáveis sobre os compromissos políticos e financeiros necessários para viabilizar um governo.

Por enquanto, a única pessoa que é cogitada para conduzir um eventual governo é Riad Hijab, ex-primeiro-ministro sírio, o mais alto ex-membro do governo a renunciar desde o início das revoltas, há quase dois anos. “É preciso dar uma chance a Hijab", disse Kamal Labouani, um histórico opositor de al-Assad, destacando que o passado do ex-premiê “não é um problema”.

Ainda nesta segunda-feira, o chefe da Liga Árabe Nabil Al-Arabi declarou que a missão do emissário especial da Liga e da ONU para o conflito, Lakhdar Brahimi, “não trouxe nenhuma esperança”. “Preciso dizer que todos os contatos realizados pelo enviado especial Lakhdar Brahimi não resultaram, até agora, a nenhuma esperança para colocar a crise nas vias de uma solução”, afirmou Arabi, na abertura de uma cúpula econômica árabe em Riad, na Arábia Saudita.

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