RDC: Movimento rebelde M23 aceita tréguas e respeita cessar-fogo
O M23, o movimento rebelde que actua no leste da República Democrática do Congo, acabou por aceitar o cessar-fogo, decidido na cimeira regional realizada quarta-feira em Luanda.
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A linha de frente dos combates a leste da RDC está calma desde hoje de manhã.
O acordo de cessar-fogo, assinado esta semana em Luanda, estabelecia o fim das hostilidades às 18 horas de sexta-feira. Mas algumas horas depois da hora prevista das tréguas ainda decorriam combates, a cerca de 40km a norte de Goma.
Na passada quarta-feira, dia 23 de novembro, na cimeira regional organizada em Luanda, não se encontrava nenhum membro do M23, pelo que o porta-voz do movimento rebelde afirmou sentir-se "pouco preocupado" com o cessar-fogo, ou seja alheio à decisão de cessar as hostilidades.
No entanto, num comunicado divulgado na sexta-feira, o líder do M23, Bertrand Bisimwa, disse "aceitar o cessar-fogo", mas pediu a Kinshasa que o respeitasse também.
Ambos os lados, o movimento rebelde como os líderes africanos da Comunidade da África Oriental ameaçaram fazer uso de força, caso o acordo não fosse respeitado.
O documento exige, para além do fim dos combates, a retirada dos rebeldes do M23 das zonas ocupadas e a retoma do diálogo bilateral entre Kinshasa e Kigali. Recorda-se que as Nações Unidas já confirmaram a implicação directa do Ruanda nas ofensivas do movimento M23, em território da RDC.
No domingo, 27 de Novembro, está marcada nova sessão de debates com os grupos armados em Nairobi, a capital do Quénia
Paralelamente, foi decidida a data da próxima eleição presidencial na RDC, que terá lugar no próximo dia 20 de dezembro. Félix Tshisekedi, o atual presidente, já anunciou a sua intenção de se apresentar.
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